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EUA

Zuckerberg declara que houve censura de conteúdos relacionados à Covid-19 a pedido de Joe Biden

Empresário revelou a informação em carta ao Comitê de Justiça do Congresso dos EUA

Zuckerberg declara que houve censura de conteúdos relacionados à Covid-19 a pedido de Joe Biden - Imagem: Reprodução / Instagram / @zuck / @joebiden
Zuckerberg declara que houve censura de conteúdos relacionados à Covid-19 a pedido de Joe Biden - Imagem: Reprodução / Instagram / @zuck / @joebiden

William Oliveira Publicado em 27/08/2024, às 11h22


Nesta segunda-feira (26), o presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, enviou uma carta ao presidente do Comitê de Justiça do Congresso dos EUA, Jim Jordan, alegando uma tentativa de censura de conteúdos relacionados à Covid-19 em 2021, realizada pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

De acordo com a carta de Zuckerberg, o dono do Facebook informou sobre a política de moderação de conteúdo de Biden, que pressionou “repetidamente” a equipe. O conteúdo da carta foi divulgado pelo Comitê Judiciário da Câmara dos EUA no X.

“Em 2021, altos funcionários da administração Biden, incluindo a Casa Branca, pressionaram repetidamente as nossas equipes durante meses para censurar determinados conteúdos da Covid-19, incluindo humor e sátira, e expressaram muita frustração com as nossas equipes, quando não concordávamos”, diz a carta.

Zuckerberg ainda informou que a decisão de retirar ou não o conteúdo foi da própria empresa, mas alegou que são responsáveis pelas próprias decisões, "incluindo as alterações relacionadas à Covid-19" que fizeram diante da pressão do governo.

Hunter Biden

Na carta, o empresário ainda afirmou sobre a pressão que a Meta sofreu para reduzir diversas publicações que envolviam o vazamento de informações pessoais de Hunter Biden, filho do presidente, a pedido do FBI, que alegou ser uma desinformação russa contra a família americana.

“Naquele outono, quando vimos uma história do New York Post relatando alegações de corrupção envolvendo a família do então candidato presidencial democrata Joe Biden, enviamos essa história para verificadores de fatos para revisão e a rebaixamos temporariamente enquanto aguardávamos uma resposta. Desde então, ficou claro que a reportagem não era desinformação russa e, em retrospectiva, não deveríamos ter rebaixado a história”, destacou o empresário na carta.
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