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Ucrânia está pronta para recuperar territórios

Ucrânia está "preparada" para contraofensiva, mas sofrerá baixas devido à superioridade aérea russa, diz presidente Zelensky

Ucrânia está pronta para recuperar territórios. - Imagem: Divulgação / Serviço de imprensa presidencial ucraniano
Ucrânia está pronta para recuperar territórios. - Imagem: Divulgação / Serviço de imprensa presidencial ucraniano

Marina Roveda Publicado em 03/06/2023, às 16h50


O presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, afirmou em uma entrevista ao Wall Street Journal que a Ucrânia está "preparada" para iniciar uma contraofensiva contra as tropas russas, porém, alertou que o país enfrentará baixas consideráveis devido à superioridade aérea de Moscou.

Kiev tem anunciado há meses seus planos de uma grande ofensiva para recuperar os territórios ocupados pela Rússia desde a invasão da ex-república soviética em fevereiro de 2022.

Zelensky ressaltou a necessidade de mais tempo e armamentos para o país. Ele destacou que muitos soldados ucranianos perderão a vida se Kievnão receber o armamento adequado para enfrentar o poderio aéreo russo.

O presidente ucranianoenfatizou que iniciar a contraofensiva sem o apoio ocidental seria "perigoso", mesmo afirmando que a Ucrânia está "preparada" para recuperar os territórios perdidos após 15 meses de invasão.

As declarações de Zelensky ocorreram em meio a novos bombardeios contra a capital ucraniana ocorridos esta semana.

Zelenskyreforçou que é amplamente conhecido que uma contraofensiva sem superioridade aérea é extremamente perigosa e questionou o fato de os países vizinhos possuírem um teto de proteção, enquanto a Ucrânia não o tem.

Ele destacou que o único armamento capaz de proteger o país é o sistema de defesa antiaérea Patriot, fabricado pelos Estados Unidos, e solicitou mais equipamentos.

Zelensky também expressou frustração antes da reunião de cúpula da OTAN, aliança militar à qual a Ucrânia busca aderir, que ocorrerá no próximo mês na capital da Lituânia.

"Se não formos reconhecidos e não recebermos um sinal em Vilnius, acredito que não faz sentido a Ucrânia participar dessa reunião de cúpula", afirmou o presidente.

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