Desde julho, o país sofre com confrontos violentos, que resultaram em centenas de mortes
William Oliveira Publicado em 05/08/2024, às 09h01
Nesta segunda-feira (5), a primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, renunciou ao seu cargo e fugiu do país, após uma série de protestos violentos que já causaram 300 mortes durante os confrontos.
Hasina deixou o país de helicóptero ao lado de sua irmã pelo exército a um local seguro, após alguns manifestantes invadirem a sua residência em Daca, capital do país. Até o momento, não foi divulgado o local para onde a ministra foi encaminhada.
Durante uma coletiva, o chefe do Exército, General Waker-Uz-Zaman, anunciou que assumiria o controle do país durante este momento crítico.
“Estou assumindo a responsabilidade agora e iremos ao presidente para pedir a formação de um governo interino para liderar o país enquanto isso”, informou Zaman
As manifestações no país iniciaram em julho, com pedidos para a abolição do sistema de cotas de empregos públicos, que garante um terço das vagas para parentes de veteranos da guerra de independência do país contra o Paquistão, em 1971.
Posteriormente, as exigências se transformaram em pedidos para a renúncia de Hasina, que comandou Bangladesh durante 15 anos. Neste período, a primeira-ministra conseguiu retirar o país do mapa da pobreza.
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