Diário de São Paulo
Siga-nos

Polícia da França investiga tráfico de cocaína em navio que fez escala na Bahia

O organismo francês de combate ao narcotráfico Ofast tenta desvendar um misterioso embarque de 1,127 tonelada de cocaína ocorrido no Brasil em setembro, em

Polícia da França investiga tráfico de cocaína em navio que fez escala na Bahia
Polícia da França investiga tráfico de cocaína em navio que fez escala na Bahia

Redação Publicado em 13/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h07


O organismo francês de combate ao narcotráfico Ofast tenta desvendar um misterioso embarque de 1,127 tonelada de cocaína ocorrido no Brasil em setembro, em um navio que tinha como destino os portos de Antuérpia, na Bélgica, e Roterdã, na Holanda.

A droga não chegou a quem fez a encomenda porque o cargueiro com bandeira da Libéria foi interceptado pela polícia marítima francesa em 1° de outubro e levado para o porto de Dunquerque, na França.

A história envolvendo o cargueiro “Trudy” daria um roteiro de filme policial. O jornal “Le Parisien” reconstituiu a investigação nesta quarta-feira (13) após ter tido acesso aos depoimentos da tripulação.

A embarcação transportava um carregamento de caulim, um tipo de argila muito branca usada na indústria de cerâmica e porcelana.

Quando decidiram vistoriar o navio de 180 metros de comprimento no início do mês, apesar da centena de compartimentos, os policiais franceses levaram apenas uma hora e meia para encontrar a tonelada de cocaína distribuída em 40 sacos escondidos na sala de ginástica do navio.

Vinte marinheiros de várias nacionalidades – etíopes, romenos, filipinos – foram detidos e 19 deles, indiciados na Justiça.

Durante os interrogatórios, alguns contaram que viram a droga ser embarcada logo depois que o cargueiro deixou o porto de Aratu, na Bahia.

Um maquinista fez uma descrição detalhada: “De repente, em alto mar, um grupo de seis a oito homens, vestindo macacões azuis, subiu a bordo com mochilas que entravam cheias e deixavam o navio vazias”.

Esses “visitantes misteriosos” não tiveram suas identidades registradas no barco, como manda a regra, o que faz a polícia francesa acreditar que os traficantes contavam com a cumplicidade de membros da tripulação.

.

.

.

.

.

G1

Compartilhe  

últimas notícias