O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, à medida que o mercado de trabalho ganha força, mas
Redação Publicado em 15/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 13h06
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, à medida que o mercado de trabalho ganha força, mas a escassez de mão de obra está frustrando os esforços das empresas para aumentar as contratações a fim de atender a forte demanda por bens e serviços.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 26 mil, para um número com ajuste sazonal de 360 mil na semana encerrada em 10 de julho, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (15). Economistas consultados pela Reuters previam 360 mil novos pedidos para a última semana.
As solicitações têm mostrado dificuldade para melhorar desde que caíram para menos de 400 mil no final de maio, mesmo com pelo menos 20 estados norte-americanos administrados por governadores republicanos se retirando dos programas de auxílio-desemprego financiados pelo governo dos Estados Unidos.
O término antecipado dos programas federais ocorreu após empresas reclamarem que os benefícios, incluindo um cheque semanal de 300 dólares, estavam encorajando norte-americanos desempregados a ficarem em casa. A economia enfrenta uma escassez de trabalhadores, com um recorde de 9,2 milhões de vagas abertas no final de maio.
Cerca de 9,5 milhões de norte-americanos estão oficialmente desempregados. A incongruência também foi atribuída à falta de creches acessíveis, ao medo de contrair o vírus, bem como a mudanças de carreira e aposentadorias relacionadas à pandemia.
Até o momento, há poucas evidências de que a rescisão antecipada dos benefícios federais, que começou em 12 de junho e vai até 31 de julho, tenha causado um aumento na procura por emprego.
Para o restante do país, os benefícios ampliados expirarão em 6 de setembro. O presidente do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, disse aos parlamentares na quarta-feira (14) esperar que “os ganhos de empregos sejam fortes nos próximos meses, à medida que as condições de saúde pública continuam melhorando e alguns dos outros fatores relacionados à pandemia que atualmente pesam diminuam”.
O último relatório do Livro Bege, do FED, uma compilação de relatos de empresas por todo o país, mostrou que a demanda por mão de obra é generalizada, mas “mais forte para cargos de baixa qualificação”, observando que “empresas em vários distritos esperam que a dificuldade em encontrar trabalhadores se estenda até o início do outono [do hemisfério norte].”
Os pedidos de auxílio caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem acima da faixa de 200 mil a 250 mil, que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho.
Parte da recente elevação nos pedidos foi atribuída ao chamado “fator sazonal”, que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.
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REUTERS
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