Diário de São Paulo
Siga-nos
Globalização

Passaporte do Japão permanece como o mais forte do mundo; veja a posição do Brasil no ranking

Atrás do país do sol nascente destacam-se Singapura, Coreia do Sul e Alemanha

Os cidadãos japoneses têm acesso livre a 193 países - Imagem: Freepik
Os cidadãos japoneses têm acesso livre a 193 países - Imagem: Freepik

Mateus Omena Publicado em 21/07/2022, às 16h02


O passaporte do Japão se destaca como o mais forte do mundo ao ocupar o 1º lugar do ranking trimestral da consultoria de imigração Henley & Partners. A confirmação foi apresentada na quarta-feira (20) e aponta para a liderança do país asiático no contexto geopolítico global.

A companhia britânica elabora o ranking com base em dados da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo, em tradução livre) sobre o número de países em que apenas a apresentação do documento garante a entrada do viajante estrangeiro, sem necessidade de visto. Em 2022, o levantamento abrange 199 passaportes e seu acesso a 227 destinos.

Encabeçando a lista, o passaporte japonês garante aos cidadãos do país do sol nascente o acesso a 193 países. Em segundo lugar, aparecem empatados Singapura e Coreia do Sul, com passaportes que abrem portas para 192 países.

Já a terceira posição é ocupada pela Alemanha e Espanha, cujos nativos podem visitar 190 nações sem grandes burocracias.

Por causa da valorização do passaporte japonês, o Brasil avançou uma posição no ranking e encontra-se no 19º lugar entre os passaportes mais influentes do mundo, empatado com a Argentina. Para os dois vizinhos sul-americanos, os documentos garantem passagem por 170 países.

Em abril, o Brasil figurava no 20º lugar, ainda com o acesso livre a 170 nações. Mas, em 2021, o país perdeu a entrada livre para o México, que agora exige visto temporário. A rigidez das políticas de migração visam combater a imigração ilegal de mexicanos para os Estados Unidos.

Outras nações em posição de vanguarda

Segundo o estudo da Henley & Partners, as nações que encontram-se nos primeiros lugares não são necessariamente as desenvolvidas, mas especialmente aquelas que estão distantes de zonas de conflito. Por isso, seus passaportes simbolizam também a estabilidade e a confiança em relação a esses países.

Diante da guerra na Ucrânia, o passaporte russo perdeu força gradativamente desde fevereiro, quando o conflito começou. Em contrapartida, o passaporte ucraniano ganhou força e subiu de posições no ranking, graças à campanha solidária de diversas nações de acolher refugiados ucranianos.
Por outro lado, outro passaporte que chamou a atenção foi o dos Emirados Árabes Unidos, que fortaleceu expressivamente sua influência durante o pico da pandemia de Covid-19. Agora, os cidadãos desta nação contam com acesso irrestrito a 196 países, ocupando a 15º colocação na lista.

Mas, a relevância do passaporte dos Emirados não é um fenômeno recente, pois nos últimos 10 anos, ele se tornou o documento de maior salto do ranking. Em 2012, ele foi visto na 64º posição, permitindo entrada livre a apenas 106 nações. A pesquisa da Henley & Partners explica que essa mudança de patamar é fruto de esforços ambiciosos do país para atrair indivíduos de grande perfil aquisitivo e habilidosos profissionais expatriados.

Confira os países listados pela consultoria:

Os mais influentes do mundo

1º. Japão (aceito em 193 países)

2º. Singapura e Coreia do Sul (192 países)

3º. Alemanha e Espanha (190 países)

4º. Finlândia, Itália, Luxemburgo (189 países)

5º. Áustria, Dinamarca, Países Baixos e Suécia (188 países)

6º. França, Reino Unido, Irlanda e Portugal (187 países)

7º. Bélgica, Nova Zelândia, Suíça, Noruega e Estados Unidos (186 países)

8º. República Tcheca, Grécia, Malta, Austrália e Canadá (185 países)

9º. Hungria (183 países)

10º. Lituânia, Polônia e Eslováquia (182 países)

Os menos influentes do mundo

(com acesso limitado a países sem precisar de visto)

103º. República Democrática do Congo, Líbano, Sri Lanka, Sudão (42 países)

104º. Bangladesh, Kosovo e Líbia (41 países)

105º. Coreia do Norte (40 países)

106º. Nepal e Palestina (38 países)

107º. Somália (35 países)

108º. Iêmen (34 países)

109º. Paquistão (32 países)

110º. Síria (30 países)

111º. Iraque (29 países)

112º. Afeganistão (27 países)

Compartilhe  

últimas notícias