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Afeganistão

Inundações deixam mais de 300 pessoas mortas em terrenos agrícolas

Diante da magnitude da tragédia, o Ministério da Defesa Nacional declarou estado de emergência nas áreas afetadas e iniciou a ajuda

Inundações deixam mais de 300 pessoas mortas em terrenos agrícolas - Imagem: Reprodução | YouTube - @AFPTV / Atif ARYAN
Inundações deixam mais de 300 pessoas mortas em terrenos agrícolas - Imagem: Reprodução | YouTube - @AFPTV / Atif ARYAN

por Marina Milani

Publicado em 12/05/2024, às 11h00


No Afeganistão, mais de 300 pessoas perderam suas vidas em decorrência de cheias súbitas que assolaram diversas províncias do país, conforme relato do Programa Mundial de Alimentos (PMA) nesse sábado (11). As fortes chuvas que ocorreram na sexta-feira resultaram em inúmeras inundações em aldeias e áreas agrícolas em várias regiões.

A província de Baglan, localizada no norte do país, foi uma das mais severamente atingidas, registrando mais de 300 fatalidades e deixando milhares de casas destruídas ou danificadas, conforme relatado pelo PMA. Rana Deraz, oficial de comunicações da agência da ONU no Afeganistão, afirmou à AFP: "Com base nas informações atuais: na província de Baglan há 311 fatalidades, 2.011 casas destruídas e 2.800 casas danificadas".

No entanto, há divergências nos números de mortos fornecidos pelo governo e pelas agências humanitárias. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) reportou 218 mortes em Baglan, enquanto Abdul Mateen Qani, porta-voz do Ministério do Interior, indicou que 131 pessoas perderam a vida na província. Qani ressaltou que o número de vítimas pode aumentar, já que muitas pessoas ainda estão desaparecidas.

Diante da magnitude da tragédia, o Ministério da Defesa Nacional declarou estado de emergência nas áreas afetadas e iniciou a distribuição de alimentos, medicamentos e primeiros socorros às pessoas atingidas. As chuvas não apenas causaram perdas humanas, mas também danos significativos em áreas agrícolas cruciais para a subsistência de grande parte da população afegã.

Grandes extensões de terras aráveis permanecem submersas, em um país onde a agricultura é a principal fonte de sustento para mais de 80% dos mais de 40 milhões de habitantes.

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