O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou mais US$ 800 milhões em ajuda militar à Ucrânia, incluindo artilharia pesada, citando uma "janela
Redação Publicado em 21/04/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h51
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou mais US$ 800 milhões em ajuda militar à Ucrânia, incluindo artilharia pesada, citando uma “janela crítica” no conflito, que entraria em uma nova fase.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que a liderança da Rússia cometeu um “erro catastrófico” ao invadir seu país. Ele descartou ir a Moscou para conversas diretas sobre o fim da guerra, dizendo ao veículo de mídia russo Mediazona: “Isso está simplesmente fora de questão”.
Mariupol, que já teve 400 mil habitantes, foi cenário não apenas da batalha mais intensa da guerra, mas também de sua pior catástrofe humanitária, com centenas de milhares de civis isolados por quase dois meses sob cerco e bombardeio russos.
Combatentes ucranianos permanecem dentro do complexo siderúrgico Azovstal, uma das maiores instalações metalúrgicas da Europa, cobrindo 11 quilômetros quadrados com enormes edifícios, bunkers subterrâneos e túneis.
Putin havia dito que os ucranianos que defendiam as instalações deveriam depor suas armas e se render ou então morreriam. Mas em uma reunião televisionada no Kremlin nesta quinta-feira, o presidente russo disse ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu: “Você completou com sucesso o esforço de combate para libertar Mariupol. Deixe-me parabenizá-lo nesta ocasião e, por favor, transmita meus parabéns às tropas”.
“Considero desnecessária a proposta de invasão da zona industrial. Ordeno que a cancele”, disse ele. “Não há necessidade de escalar essas catacumbas e rastejar no subsolo dessas instalações industriais… Bloqueie essa área industrial para que nem mesmo uma mosca possa passar.”
A decisão de não invadir a siderúrgica Azovstal permitiu a Putin reivindicar sua primeira grande conquista desde que suas forças foram expulsas do norte da Ucrânia no mês passado. Mas fica aquém da vitória inequívoca que Moscou buscava após meses de combates brutais em uma cidade reduzida a escombros.
“Eles fisicamente não podem tomar Azovstal, eles entenderam isso, sofreram enormes perdas lá”, disse o assessor presidencial ucraniano, Oleksiy Arestovych, em um briefing. “Nossos defensores continuam resistindo.”
Solicitado a comentar a decisão de Putin, o porta-voz do Ministério da Defesa da Ucrânia disse que ela mostra suas “tendências esquizofrênicas”.
O presidente Zelenskiy disse que 120 mil civis ainda estão sendo impedidos de deixar Mariupol.
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