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Presidente da Ucrânia

Entenda como Zelensky continua presidente da Ucrânia mesmo após fim de seu mandato

Mesmo com o fim oficial de seu mandato, Zelensky continua como presidente da Ucrânia devido às circunstâncias extraordinárias no país

Eleições de março foram canceladas - Imagem: Reprodução / Roman Pilipey / AFP / Getty Images
Eleições de março foram canceladas - Imagem: Reprodução / Roman Pilipey / AFP / Getty Images

Sabrina Oliveira Publicado em 21/05/2024, às 14h30


O mandato de Volodymyr Zelensky como presidente da Ucrânia terminou oficialmente na segunda-feira (20). No entanto, devido à Lei Marcial em vigor desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, Zelensky continuará como chefe do Executivo. As eleições, que estavam marcadas para 31 de março, foram canceladas.

A Lei Marcial, implementada devido à guerra, impede a realização de eleições. Zelensky e especialistas argumentam que o estado atual do país, com regiões sob ataque e milhões de deslocados, inviabiliza um processo eleitoral justo e seguro. A Constituição da Ucrânia não é clara sobre a situação atual, mas a lei marcial permite que o presidente permaneça no poder até que um sucessor seja eleito e empossado.

O apoio popular a Zelensky permanece forte. Pesquisas recentes realizadas pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev (IISK) no início de fevereiro indicam que 69% dos ucranianos confiam nele e acreditam que ele deve continuar no cargo até o fim da Lei Marcial. Apenas 15% dos entrevistados são a favor de eleições nas circunstâncias atuais.

Para os ucranianos, a prioridade é vencer a guerra e depois realizar uma eleição. Portanto, eles não questionam a legitimidade de Zelensky”, diz Anton Hrushetskyi, diretor do IISK.

O conflito com a Rússia continua intenso, com as forças russas avançando em regiões como Luhansk e Kharkiv. Zelensky afirmou que a situação ao norte de Kharkiv está sob controle, mas os combates continuam em outras áreas.

A prioridade dos ucranianos, conforme apontado por especialistas, é vencer a guerra antes de considerar novas eleições. No entanto, a incerteza sobre a duração do conflito levanta questões sobre a necessidade de eventualmente organizar um processo eleitoral, mesmo em condições adversas.

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