Condenação de Daniel Alves é revelada e presídio adota protocolo “anti-suicídio”

O renomado lateral-direito Daniel Alves enfrenta uma nova fase em sua vida após ser condenado nesta quinta-feira (22) por agressão sexual ocorrida em uma boate de Barcelona no ano de 2022. A sentença, proferida pelo tribunal superior da região da Catalunha, na Espanha, determinou que Alves cumprisse quatro anos e meio de prisão e pagasse uma indenização de 150 mil euros à vítima.

O Centro Penitenciário Brians 2, na Espanha, colocou em prática um protocolo anti-suicídio por receio de que Daniel Alves possa se ferir de alguma forma após o julgamento. Segundo relatos da jornalista Silvia Álamo, da TV Telecinco, a administração do presídio expressou preocupação com seu estado psicológico, descrevendo-o como “deprimido e desanimado”.

De acordo com informações de um detento, o brasileiro tem demonstrado problemas com a saúde mental enquanto aguarda uma definição sobre a sua acusação de estupro em uma balada em Barcelona.

Policial de 21 anos é arrebatado por facção criminosa no Guarujá

A experiência democrática chinesa

O julgamento, que durou três dias e terminou em 7 de fevereiro, envolveu o depoimento de testemunhas, apresentação de documentos e vídeos, além da análise de peritos forenses. A corte agora tem um prazo de 20 dias para anunciar a sentença.

Segundo o comunicado emitido pela Audiência Provincial de Barcelona, o tribunal considerou que a vítima não consentiu com o ato e que existem evidências substanciais, além do testemunho do réu, que comprovam o estupro.

O promotor do caso havia solicitado uma pena de nove anos de prisão para Alves, cujo veredicto ainda pode ser objeto de recurso. O ex-lateral do Barcelona, de 40 anos, encontra-se em prisão preventiva desde janeiro do ano passado.

O caso ganhou ampla atenção da opinião pública não apenas pela notoriedade de Alves, mas também pela crescente preocupação com a violência de gênero na Espanha. Este julgamento foi um dos mais destacados no país desde a aprovação de uma lei em 2022 que tornou o consentimento um elemento fundamental em casos de agressão sexual, aumentando o tempo mínimo de prisão para tais crimes.

Até o momento, não foi possível contatar imediatamente os advogados de Alves para comentar a sentença. No entanto, o advogado David Saenz, representante da vítima, expressou sua satisfação com a decisão judicial, afirmando que a sentença reconhece a veracidade dos relatos da vítima e a gravidade do ocorrido.

Daniel Alves, conhecido por sua brilhante carreira e por conquistar mais de 40 troféus pela seleção brasileira e diversos clubes europeus, incluindo Barcelona, Sevilha, Juventus e PSG, foi demitido pelo Pumas UNAM do México após sua prisão em conexão com este caso.