Bebê e mais 3 crianças são encontrados com vida 16 dias após queda de avião na Amazônia

Mais de duas semanas depois da queda de um avião, quatro crianças, incluindo um bebê de 11 meses, que estavam na aeronave foram resgatadas com vida da floresta amazônica da Colômbia.

Segundo informações preliminares, os quatro, que são irmãos, estavam sozinhos e passaram esse tempo dentro da selva fechada em busca de ajuda.

O resgate foi confirmado na última quarta-feira (18) pelo presidente colombiano, Gustavo Petro. "Após buscas árduas feitas pelos nossos militares, encontramos com vida as quatro crianças que desapareceram em um acidente de avião em Guaviare. Uma alegria para o país", escreveu o político no anúncio em suas redes socias.

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O que se sabe sobre o acidente

O acidente de avião aconteceu no dia 1° de maio. Na aeronave estavam o piloto, a mãe, mais um adulto e as crianças. Todos os adultos morreram no acidente e os corpos foram encontrados no avião.

O avião momotor Cessna 206 decolocou de Araracuara, na Amazônia colombiana com sete pessoas a bordo, o destino seria a cidade de San Jose del Guaviare, cidade no departamento de Guaviare, na região central.

Pouco depois, a aeronave emitiu um alerta de socorro devido a uma falha no motor e desapareceu dos radares, segundo informações da Folha de S. Paulo.

O resgate

As condições hostis do local dificultaram o trabalho das equipes de regate. Mais de cem militares, bombeiros e autoridades da aviação civil foram acionados para as buscas.

As equipes de resgate, apoiadas por cães farejadores, já haviam encontrado objetos pessoas e restos de frutas que as crianças comiam para sobreviver, assim como abrigos improvisados feitos com vegetação da selva.

De acordo com as autoridades, as equipes enfrentaram fortes chuvas e animais silvestres. Os socorristas também precisaram navegar durante nove horas em um rio para chegar até o local do acidente, depois disso, ainda encontraram árvores de 40 metros de altura e áreas lamacentas.

Na tentativa de se comunicar com as crianças de alguma forma, a Força Aérea colombiana chegou a sobrevoar na mata com um alto-falante que transmitia uma mensagem de voz gravada pela avó dos menores, que são de uma comunidade indígena, onde ela pedia para que eles não avançassem pela mata.

Segundo a Organização Indígena da Colômbia (ONIC), os huitotos, povo a qual pertence a família dos envolvidos, vivem em harmonia com as condições hostis da floresta amazônica e preservam tradições como a caça, pesca e a coleta de frutas silvestres.

O estado de saúde das crianças não foi divulgado pelas autoridades.