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Faixa de Gaza

Ataques israelenses em Gaza deixam rastro de destruição e centenas de vítimas

Unicef alerta para subnutrição infantil

Ataques israelenses em Gaza deixam rastro de destruição e centenas de vítimas - Imagem: Divulgação / IDF
Ataques israelenses em Gaza deixam rastro de destruição e centenas de vítimas - Imagem: Divulgação / IDF

Marina Milani Publicado em 08/01/2024, às 08h07


No último fim de semana, a Faixa de Gaza foi palco de intensos ataques israelenses, resultando na morte de pelo menos 225 palestinos e deixando quase 300 feridos, conforme relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. O impacto humanitário da guerra é evidenciado pelos incessantes bombardeios aéreos, terrestres e marítimos que atingem vastas áreas do território.

Na região norte do enclave, forças israelenses miraram alvos em Gaza, na zona rural de Jabalia, em Tal Az Zatar e Beit Laia, com relatos de um elevado número de mortos, especialmente em Tal Az Zatar. A ofensiva também se estendeu à província de Deir al Balah e às cidades de Khan Younis e Rafah, no sul de Gaza, áreas densamente povoadas.

Um aspecto preocupante evidenciado no relatório é a situação alarmante das crianças. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) observou que, durante uma avaliação de campo realizada em dezembro, 90% das crianças com menos de dois anos consumiam exclusivamente algum tipo de cereal (incluindo pão) ou leite. Além disso, os casos diários de diarreia em crianças com menos de cinco anos aumentaram para 3.200, comparados à média de 2 mil por mês antes do início do conflito.

O Unicef emitiu um alerta enfático, ressaltando que o tempo está se esgotando e que muitas crianças já sofrem de subnutrição aguda grave. Com a intensificação da ameaça da fome, existe o risco iminente de que centenas de milhares de crianças enfrentem a subnutrição severa, com algumas correndo o perigo real de perder a vida.

O conflito teve início em 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa ao sul de Israel, envolvendo o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, resultando em reféns. Em resposta, Israel declarou guerra ao movimento islâmico que governa a Palestina. Desde então, estima-se que cerca de 23 mil palestinos tenham perdido a vida e mais de 58 mil ficaram feridos, de acordo com fontes da região.

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