O arquipélago de Tonga estava praticamente isolado do resto do mundo, nesta segunda-feira (17), após a erupção de um vulcão submarino seguida de um tsunami,
Redação Publicado em 17/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 16h59
O arquipélago de Tonga estava praticamente isolado do resto do mundo, nesta segunda-feira (17), após a erupção de um vulcão submarino seguida de um tsunami, que paralisou as comunicações do país situado na costa do Pacífico.
A erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Haa’pai, ocorrida há dois dias, cobriu Tonga de cinzas, provocando um tsunami em todo o Pacífico, matando duas pessoas no Peru.
Os países vizinhos e as agências internacionais continuam avaliando a extensão dos danos que, de acordo com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, podem ser “significativos”.
A Nova Zelândia e a Austrália enviaram nesta segunda-feira (17) aviões de reconhecimento para avaliar os danos e disponibilizaram aeronaves de transporte militar C-130 para transportar suprimentos ou pousar, se as pistas estiverem operacionais.
Austrália e Nova Zelândia enviam aviões para avaliar danos em Tonga após tsunami
Especialistas alertaram que a internet pode permanecer cortada por várias semanas para as quase 100 mil pessoas que vivem no país.
A explosão vulcânica de sábado afetou severamente a capital Nuku’alofa, coberta de cinzas, e cortou um cabo de comunicação subaquático, que pode levar duas semanas para ser restabelecido.
A erupção foi sentida até no Alasca, causando uma onda que atingiu as costas do Pacífico, do Japão aos Estados Unidos.
“Sabemos que água é uma necessidade imediata”, disse Ardern a repórteres, explicando que a Nova Zelândia depende de telefones via satélite para se comunicar com o país.
Os voos de reconhecimento ajudarão a informar o governo tonganês sobre a extensão dos danos causados pelo vulcão e pelo tsunami e identificar as necessidades de ajuda, acrescentou Ardern.
O ministro da Defesa da Nova Zelândia explicou que o país insular conseguiu restaurar a eletricidade em “grandes partes” da cidade. Com as comunicações cortadas, os tonganeses fora do país tentam desesperadamente falar com seus familiares.
“Não consigo entrar em contato com minha família, não há comunicação”, disse à AFP Filipo Motulalo, jornalista da Pacific Media Network.
“Nossa casa está entre aquelas próximas à área que já foi inundada, então não sabemos a extensão dos danos”, disse. Motulalo indicou que muitos tonganeses no exterior estão preocupados. “Acho que o pior é o apagão e o fato de não sabermos nada”.
Muitos estão preocupados com os idosos enfrentando o ar cheio de poeira vulcânica. O diretor da rede Southern Cross Cable Network, Dean Veverka, disse que a internet pode ficar inativa por duas semanas.
“Estamos recebendo informações imprecisas, mas parece que o cabo foi cortado”, declarou Veverka. “O reparo pode levar até duas semanas.”
A Southern Cross está ajudando a Tonga Cable Limited, proprietária do cabo de 872 quilômetros que liga o país insular a Fiji e de lá ao resto do mundo.
Inicialmente, acreditou-se que a falta de sinal era devido a uma queda de energia após a erupção. Mas os testes indicaram que era uma ruptura no cabo. Tonga já esteve sem telecomunicações por duas semanas em 2019, quando a âncora de um navio cortou o cabo.
Um pequeno serviço de satélite operado localmente foi então estabelecido para permitir um contato mínimo com o mundo exterior.
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G1
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