Diário de São Paulo
Siga-nos

Seis de dez equipes da F1 detalham esforços por diversidade no esporte

Entre as propostas sugeridas pelo grupo para combater o problema, estão políticas públicas educacionais e medidas que incluem a promoção de programas de

F1
F1

Redação Publicado em 14/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h22


Levantamento de iniciativas que visam promover inclusão integra documento de parecer da Comissão Hamilton, organizada pelo heptacampeão da Mercedes para investigar ausência de negros no esporte

Dos cerca de 40 mil funcionários envolvidos com a Fórmula 1 e o automobilismo, menos de 1% são negros. Esse foi um dos resultados obtidos pela Comissão Hamilton, desenvolvida por Lewis Hamilton em parceria com a Real Academia Britânica de Engenharia para identificar barreiras no acesso de pessoas racializadas ao esporte a motor. O estudo solicitou das equipes um levantamento sobre os esforços em prol da inclusão, pedido retornado pela Alfa Romeo, Alpine, Haas, Mercedes, McLaren e Williams. Ferrari, RBR, AlphaTauri e Aston Martin não participaram.

Ao longo de dez meses, a comissão analisou fatores que contribuem para a ausência de representatividade em funções técnicas no automobilismo, desde os primeiros anos da escola até os processos seletivos das equipes que, segundo a iniciativa, priorizam candidatos de classes mais altas e de instituições de elite.

Entre as propostas sugeridas pelo grupo para combater o problema, estão políticas públicas educacionais e medidas que incluem a promoção de programas de estágio mais abrangentes na F1 e de iniciativas que incentivem, orientem e apoiem pessoas negras.

Equipe de Hamilton na F1, a Mercedes trocou o tradicional prata dos carros pelo preto como lembrança ao antirracismo e lançou o programa Accelerate 25, que quer aumentar de 3% para 25% o número de funcionários racializados até 2025. Além de promover treinamentos internos obre diversidade, se juntou com a AFBE-UK, a Asociação de Engenheiros Negros e Etnias Minoritárias do Reino Unido, e uma escola britânica feminina para incentivar carreiras científicas.

Engajada na promoção de saúde mental, a McLaren criou no último ano um plano estratégico de dez anos para promover diversidade e inclusão na F1, fundando também uma comissão responsável por garantir que os processos seletivos do time não ejam excludentes.

Técnico especialista em unidades de potência da RBR, Calum Nicholas é um dos poucos negros vistos na F1 — Foto: Reprodução/Instagram

Técnico especialista em unidades de potência da RBR, Calum Nicholas é um dos poucos negros vistos na F1 — Foto: Reprodução/Instagram

Dedicada a promover a equidade de gênero e de pessoas com deficiência no esporte, a Williams confirmou em seu estudo de caso que passou a trabalhar também com a inclusão de pessoas racializadas e LGBTQI+. A equipe britânica foi a primeira a ter uma chefe mulher, Claire Williams, e já teve como piloto de testes a britânica Susie Wolff. Atualmente, a campeã da W Series Jamie Chadwick é piloto reserva do time.

Equipe de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi na F1, a Alfa Romeo revelou que integra uma parceria com o Centro de Competência por Diversidade e Inclusão da Universidade de St. Gallen, na Suíça. A instituição fornece treinamento e auxilia empresas e marcas a promover políticas internas de diversidade.

Pilotos participam de momento da iniciativa We Race as One ("Corremos como um") antes do GP da Áustria — Foto: Peter Fox/Getty Images

Pilotos participam de momento da iniciativa We Race as One (“Corremos como um”) antes do GP da Áustria — Foto: Peter Fox/Getty Images

A Haas incluiu em seu estudo de caso para a Comissão Hamilton que faz uso da linguagem neutra em comunicados e políticas internas, e que expandiu o processo de recrutamento para abarcar instituições não-elitizadas. A equipe garantiu que promove treinamentos sobre diversidade e que também trabalha para democratizar os processos seletivos.

A Alpine, por sua vez, afirmou que trabalha com campanha midiáticas e eventos sobre a questão na Ásia, Oriente Médio, América do Norte e Sul e Europa. A equipe de Fernando Alonso e Esteban Ocon organiza, ainda, projetos com universidades e escolas que buscam promover a participação feminina na engenharia, além de uma parceria com a instituição de apoio estudantil The Talent Tap.

Infos e horários do GP da Inglaterra da F1 — Foto: Infoesporte

Infos e horários do GP da Inglaterra da F1 — Foto: Infoesporte

.

.

.

Fontes: Ge – Globo Esporte.

Compartilhe  

últimas notícias