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Scheidt vê vantagem em não ser favorito nas Olimpíadas: “Mais leve”

Classificado para disputar uma Olimpíada pela sétima vez, Robert Scheidt não está na lista dos mais cotados para subir ao pódio na classe Laser da vela. Dono

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Redação Publicado em 24/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h46


Classificado para disputar uma Olimpíada pela sétima vez, Robert Scheidt não está na lista dos mais cotados para subir ao pódio na classe Laser da vela. Dono de cinco medalhas olímpicas, além de um quarto lugar, o velejador é apenas o 29º do ranking mundial, e não chegou perto do pódio nas principais competições de 2019. O fato, porém, não o intimida:

– Me sinto mais leve que em outros Jogos Olímpicos. Não sendo favorito, você faz as coisas com mais tranquilidade, os holofotes não estão em você o tempo inteiro. Mas isso não quer dizer que eu queira menos a medalha, pelo contrário, a vontade de chegar ao pódio é tão grande, ou até maior, que das outras vezes – disse Scheidt, que entra na água para buscar o pódio na classe Laser neste domingo, 26/7, a partir das 2h35 (horário de Brasília).

Scheidt é o maior atleta olímpico da história do Brasil. São cinco medalhas olímpicas: ouro em Atlanta 1996 e Atenas 2004, prata em Sydney 2000 e Pequim 2008, além do bronze em Londres 2012. Na Rio 2016, foi quarto colocado. O velejador teve um 2019 de altos e baixos, mas em 2021 conseguiu um grande resultado, conquistando a prata em um torneio realizado em Portugal, que envolveu os melhores atletas do mundo:

– Meu momento nesses últimos meses está em uma crescente. Essa prata mostrou que estou no caminho certo, faltam três meses para as Olimpíadas, mas acho que mostrou para mim que estou jogando de igual para igual com qualquer um. Era esse o objetivo desde o início, de chegar competitivo aos Jogos Olímpicos – comentou.

Aos 48 anos, Scheidt chegará em Tóquio como o mais velho de sua categoria. Seus principais rivais são bem mais jovens, casos do alemão Philipp Buhl (31 anos), de chipriota Pavlos Kontides (31), o neo-zelandês Sam Meech (30) e o francês Jean-Baptiste Bernaz (34).

– Hoje treino um volume bem melhor do que antes, mas com uma qualidade e intensidade maior. É escutar o corpo, identificar a lesão antes dela ficar ruim. E, claro, ter profissionais de fisioterapia e preparação física ao lado. E tem as coisas simples, como alimentação e sono, e eu tenho uma rotina bem regrada nesses aspectos, eu preciso dessa rotina para conseguir me manter – disse Scheidt.

Robert Scheidt, Campeonato Mundial de Laser 2019 — Foto: Divulgação

Robert Scheidt, Campeonato Mundial de Laser 2019 — Foto: Divulgação

– Na minha cabeça, achei que 35 anos era o limite para o Laser, então eu, lá no começo da minha carreira, nunca imaginei que poderia chegar numa Olimpíada com 48 anos. Mas essa questão de idade está mudando muito né? No tênis tem muitos jogadores com longevidade, natação também…Depende de cada um, do estilo de vida e da força anterior – ressaltou.

O próximo ciclo olímpico será menor que o normal, por conta do adiamento dos Jogos de Tóquio de 2020 para 2021. Portanto, daqui a pouco mais de três anos já serão realizadas as Olimpíadas de Paris 2024. Robert, porém, ainda não quer pensar sobre o futuro.

– Não estou pensando muito no pós-Jogos, não perco nenhum segundo pensando nesse futuro. O foco todo está agora para julho e depois vamos ver o que o futuro nos traz – disse.

Robert Scheidt ficou em terceiro no GP de Portugal — Foto: João Costa Ferreira/Osga Photo

Robert Scheidt ficou em terceiro no GP de Portugal — Foto: João Costa Ferreira/Osga Photo

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Fontes: Ge

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