Pedro sempre foi precoce. Aos 10 anos, jogava futsal com a categoria sub-12. Quando tinha 12, ele conduzia a equipe sub-14 nas quadras. Até pouco tempo atrás,
Redação Publicado em 12/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 09h02
Pedro sempre foi precoce. Aos 10 anos, jogava futsal com a categoria sub-12. Quando tinha 12, ele conduzia a equipe sub-14 nas quadras. Até pouco tempo atrás, defendia o time sub-17 mesmo tendo apenas 15 anos. Embora acostumada com o fato de o garoto estar à frente dos jovens de sua idade, a família do meia-atacante se surpreendeu com a notícia de que ele seria inscrito pelo Corinthians na Copa São Paulo de Juniores, competição para atletas de até 20 anos.
– Logo de cara, eu fiquei feliz. Depois, foi caindo a ficha e eu passei a morrer de medo. Eu falei: vão te machucar, Pedro, vão te bater – relatou Ágatha Silva, mãe do jogador, que ainda completou:
Na primeira experiência como titular, Pedro cumpriu o que disse e, de fato, aguentou as pancadas. Mesmo bem marcado, o prodígio fez grandes jogadas e foi o destaque do Corinthians contra o São José-SP, na última segunda-feira, tendo marcado o primeiro gol da vitória por 2 a 0.
O Timão volta a campo nesta quarta-feira, às 21h45, para encarar o Ituano, pela segunda fase do torneio, em São José dos Campos, com transmissão do sportv e acompanhamento em Tempo Real do ge.
Pedro tem apenas 15 anos e é uma das promessas do Corinthians na Copinha — Foto: Rodrigo Gazzanel / Ag.Corinthians
A qualidade técnica e o vigor físico do garoto aos poucos vão sendo descobertos pela torcida corintiana, mas não são novidades para quem acompanha os jogos das categorias de base. Inclusive rivais do Timão…
– Já tivemos diversas propostas, mas nunca tivemos interesse em sair. Estamos pensando no projeto do Corinthians. O Palmeiras sempre falava com a gente, até criamos uma boa relação com o pessoal da base de lá. Ele teve um convite aos 9 anos e, depois, o Palmeiras nos procurou vários outras vezes, até porque no futsal o vínculo era anual. Mas nós nunca quisemos trocar de clube – contou Diney Castilho, tio do jogador.
Fã de Neymar, Pedro ainda não tem contrato profissional com o Corinthians, uma vez que esse tipo de vínculo só é permitido a partir dos 16 anos. Porém, a assinatura não deve tardar. Logo que o garoto fizer aniversário, em 5 de fevereiro, o Timão quer se reunir com os empresários dele para formular o documento.
Os gols de São José-SP 0 x 2 Corinthians, pela Copa SP de Futebol Júnior
O jogador é agenciado desde os 13 anos pela Elenko Sports, empresa que o levou para morar no Tatuapé, em frente ao Parque São Jorge, sede social do Corinthians. Antes, a família vivia em bairros pobres de Carapicuiba e Osasco, o que dificultava a locomoção para os treinos e jogos.
– A vida não era fácil. Eu trabalhava de domingo a domingo no restaurante de um shopping e, com ajuda de alguns familiares, levava o Pedro no Corinthians, mas era complicado. Um dia, quando ele fez 10 anos, eu o ensinei a pegar ônibus, trem e metrô sozinho. Ele saia às 5h30 de casa e só voltava no final do dia. Isso fez com que ele amadurecesse muito jovem – comentou a mãe do jogador, que se separou do pai de Pedro quando ele tinha apenas dois anos.
O meia-atacante foi descoberto pelo Corinthians quando jogava futsal no Grêmio Barueri. O primeiro convite alvinegro foi quando o garoto tinha sete anos, mas ele só foi jogar no clube a partir dos nove. A única condição imposta pela família de Pedro para aceitar a proposta foi que o Timão bancasse os estudos do garoto em um colégio particular.
Pedrinho, atacante do sub-15 do Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians
Na Copinha, o jovem tem vivido a experiência de jogar com estádio lotado pela primeira vez na ainda curta carreira. A mãe conta que ele ficou maravilhado com o apoio da torcida corintiana. Porém, o primeiro contato com a Fiel não foi tão positivo assim.
Quando Pedro tinha apenas seis anos, Diney decidiu levá-lo ao Pacaembu para assistir a um jogo do Corinthians, que na época contava com Ronaldo Fenômeno. A multidão que hoje incentiva e dá forças para o jogador, naquele dia o assustou, como relembra o tio:
– Ele chorou sem parar, ficou sentado no meu pé o jogo inteiro, não queria nem ver. Tinha medo daquele monte de gente, da polícia… Quem diria, aquele menino com pavor da torcida agora está lá comemorando com a Fiel!.
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GE
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