O sonho de uma Nação atrás do bicampeonato da Libertadores parecia que seria interrompido por uma atuação enorme do River Plate em Lima, no Peru. Contudo, o
Redação Publicado em 23/11/2019, às 00h00 - Atualizado às 22h51
O sonho de uma Nação atrás do bicampeonato da Libertadores parecia que seria interrompido por uma atuação enorme do River Plate em Lima, no Peru. Contudo, o Flamengo, da forma mais dramática possível virou o placar, com gols de Gabriel Barbosa aos 43 e 46 minutos da etapa final, venceu por 2 a 1 e voltou a levantar a Taça Libertadores da América após exatos 38 anos do time de Zico e cia.
A decisão – cujo início foi antes da bola rolar, com o favoritismo sendo dado ao Flamengo por parte dos argentinos – começou como a atmosfera no Monumental: tensa. Passado os primeiros minutos, o River Plate pôs em prática seu jogo, diferente do time da Gávea. Não por nervosismo, mas ter sido marcado e atacado como não costuma ser diante dos rivais nacionais.
O respeito mostrado pelo River antes da final significou uma marcação intensa, dificultando a saída de bola com Arão e Gerson, sempre pressionados. A bola mal chegou a Everton Ribeiro e Arrascaeta, os condutores da equipe, e o Flamengo foi ao intervalo sem ameaçar a meta defendida por Armani.
Mais do que isso, sofreu atrás. Foi em uma dos avanços laterais que Nacho Fernandéz cruzou para a área e, na indecisão da defesa, Borré finalizou rasteiro, venceu Diego Alves: 1 a 0. O time de Gallardo, especialmente com De La Cruz, foi ao ataque outras vezes, mas não criou chance claras de gol.
A melhora do Flamengo nos minutos iniciais passou pelos pés de Gerson, que, por duas vezes, conseguiu superar as linhas do River. Na primeira, Gabigol não concluiu a jogada. Depois, Bruno Henrique invadiu a área e, ao invés de chutar, tocou para trás. As finalizações do camisa 9 e de Éverton Ribeiro pararam na defesa argentina.
Contudo, Gerson sentiu e deixou o jogo com dores. A partir disso, foram cerca de 25 minutos de controle absoluto do River Plate, por mais que não tenha ameaçado o goleiro Diego Alves. Vale destacar a gigante atuação de Pinola e Martínez, implacáveis na marcação de Gabigol e Bruno Henrique. A derrota parecia inevitável, mas bastou poucos minutos para o Flamengo de Jorge Jesus virar a partida com esses dois atacantes, os melhores do Brasil em 2019.
Aos 43, Arrascaeta recebeu na área após o camisa 27 limpar a defesa rival. O cruzamento do uruguaio acabou nos pés do camisa 9, que igualou, dando nova vida ao sonho do bicampeonato.
Então, o Flamengo foi Flamengo. Três minutos depois, Diego lançou da intermediária defensiva, Gabigol superou a marcação de Pinola – que vinha sendo um carrapato no pé do camisa 9 – e virou a partida. A expulsões de Palacios e Gabriel, após a virada, pouco importam. A parte rubro-negra entrou em êxtase e a América, com méritos, e novamente do time da Gávea.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 2 X 1 RIVER PLATE
Estádio: Estádio Monumental, em Lima-PER
Data/hora: 23/11/2019, às 17h (de Brasília)
Árbitro: Roberto Tobar (CHI/Fifa) – Nota L!: 5,5 – Pecou ao não coibir o excesso de faltas do River Plate
Assistentes: Christian Schiemann (CHI/Fifa), Claudio Rios (CHI/Fifa)
Árbitro de vídeo: Esteban Ostojich (URU/Fifa)
Público/renda: não divulgado.
Cartão amarelo: Marí, Rafinha, Gabigol (FLA); Casco, Matías Suárez, Enzo Pérez (RIV)
Cartão vermelho: Palacios 49’2ºT e Gabigol 50’2ºT
GOLS: Borré 18’2ºT (0-1); Gabigol 43’2ºT (1-1) e 46’2ºT (2-1)
FLAMENGO
Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Marí e Filipe Luís; Willian Arão (Vitinho, 40’/2ºT), Gerson, Everton Ribeiro (Diego, 20’/2ºT) e Arrascaeta (Piris da Motta, 48’/2ºT); Bruno Henrique e Gabigol. Técnico: Jorge Jesus.
RIVER PLATE
Armani; Montiel, Lucas Martínez, Pinola e Casco (Paulo Díaz, 31’/2ºT); Enzo Pérez, Palacios, Ignacio Fernández (Julián Álvarez, 23’/2ºT) e De La Cruz; Matías Suárez e Borré (Lucas Pratto, 74’/2ºT). Técnico: Marcelo Gallardo.
Por IG Esportes
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