Bucks recebem os Suns no jogo 3 e buscam reação na final da NBA

Milwaukee terá dois mandos de quadra pela frente para tentar empatar a série que define o título do melhor basquete do mundo

Existe um ditado nos esportes americanos que diz: “uma série não começa até que o time da casa perca um jogo”. Mero clichê ou não, é nesse sentimento que o Milwaukee Bucks se apega para receber o Phoenix Suns neste domingo, às 21h (horário de Brasília), no Bradley Center, após duas derrotas jogando na arena do rival. O ge.globo acompanha o jogão em Tempo Real, a partir das 19h30.

Os números não estão ao lado de Giannis Antetokounmpo e seus companheiros. Em 35 finais da NBA um dos times abriu 2 a 0 e em apenas quatro vezes acabou levando a virada. Difícil, mas ainda tem um pior: nunca uma equipe virou uma série após começar perdendo por 3 a 0.

Giannis precisa de ajuda

Difícil acreditar depois desse início de série, mas cinco dias atrás ninguém sabia se o MVP Giannis Antetokounmpo entraria em quadra na final da NBA. O grego mostrou um pouco de fadiga no jogo 1, mas no 2 fez uma das melhores atuações da sua carreira, com 42 pontos (15/22), 12 rebotes e 4 assistências. Ainda assim, não foi suficiente para parar os Suns de Chris Paul e Devin Booker.

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Giannis Antetokounmpo teve 42 pontos, 12 rebotes e 4 assistências no jogo 2 — Foto: Ralph Freso/Getty Images

Não dá para os Bucks pedirem mais do que Giannis já está entregando. A grande decepção fica pelo desempenho inconstante dos dois jogadores que resolveram a final da Conferência Leste quando o grego estava machucado, Khris Middleton e Jrue Holiday.

Middleton teve boa atuação no jogo 1, sendo o cestinha dos Bucks com 29 pontos. Quinta-feira, no entanto, o ala sumiu e só teve 11 pontos. Infelizmente para a torcida de Milwaukee, essa inconsistência é a história da carreira dele. Um dia ele pode parecer um dos pontuadores com mais recursos em toda a liga e no outro acerta 5 de 16 arremessos de quadra.

Holiday tem sido ainda pior nas finais da NBA. O armador tem 27 pontos no total, tentando 35 arremessos nos dois jogos, acertando apenas 11 deles, um aproveitamento de 31,4%. Os Bucks pagaram muito caro para tê-lo, múltiplas escolhas de 1ª rodada e um contrato de R$ 704 milhões por quatro anos. Esse é o preço de uma estrela, mas Jrue não joga consistentemente como uma.

Khris Middleton e Jrue Holiday precisam ajudar Giannis — Foto: Michael Reaves/Getty Images

Mike Budenholzer, treinador do Milwaukee Bucks, precisa trazer algo novo para o jogo 3. Ele flertou com alguns ajustes, como manter Brook Lopez mais próximo à cesta na defesa ou colocar em quadra um quinteto mais baixo. Esse segundo se mostrou promissor, mas esbarra na falta de profundidade desse elenco nas alas, acentuada pela lesão de DiVicenzo. Não dá para confiar em Jeff Teague (nessa altura da carreira) e Brynn Forbes para jogarem minutos relevantes em uma final da NBA.

Suns: final não acabou

O clima de empolgação da torcida do Phoenix Suns não poderia ser maior, por isso a importância de manter o elenco blindado para que esse espírito não contamine os jogadores.

A boa notícia é que os Suns têm liderança sólida. Chris Paul já teve o tapete puxado em momentos decisivos muitas vezes para achar que já ganhou alguma coisa. Se existe algo que CP3 já mostrou nessa temporada é a sua capacidade de manter o jovem elenco de Phoenix focado.

Chris Paul — Foto: Christian Petersen/Getty Images

Em quadra, o técnico Monty Williams precisa voltar a envolver DeAndre Ayton no ataque da equipe. O pivô fez a partida mais discreta dos seus playoffs até agora no jogo 2, acertando apenas 4 de 10 arremessos tentados.

Antecipando que o ajuste do Milwaukee Bucks possa ser mesmo trazer um quinteto titular mais leve, com Giannis Antetokounmpo na posição de pivô cercado por arremessadores, Ayton precisa repetir o desempenho contra os Clippers, quando ele puniu o time de Los Angeles quando usaram essa estratégia.

DeAndre Ayton teve jogo apagado no ataque na última quinta-feira — Foto: Christian Petersen/Getty Images

Outro ponto importante é não entrar em pânico caso a bola de três não caia. A equipe teve um desempenho fantástico do perímetro no jogo 2, acertando 20 de 40 arremessos tentados. A tendência é que esses números não se repitam, mas os Suns têm armas para compensar essa regressão. Por isso a importância de envolver o pivô DeAndre Ayton.

A série

Jogo 1 (6/7): Phoenix 118 x 105 Milwaukee
Jogo 2 (8/7): Phoenix 118 x 108 Milwaukee
Jogo 3 (11/7): 21h – Milwaukee x Phoenix
Jogo 4 (14/7): 22h – Milwaukee x Phoenix
Jogo 5 (17/7): 22h – Phoenix x Milwaukee (se necessário)
Jogo 6 (20/7): 22h – Milwaukee x Phoenix (se necessário)
Jogo 7 (22/7): 22h – Phoenix x Milwaukee (se necessário)

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Fontes: Ge – Globo Esporte.