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Barreiristas que estavam presos na Argentina voltam ao Brasil de carona em voo fretado do Santos

Três atletas brasileiros que buscam índice para as Olimpíadas de Tóquio estavam presos há nove dias na Argentina e conseguiram uma carona providencial do time

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Redação Publicado em 08/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h20


Três atletas brasileiros que buscam índice para as Olimpíadas de Tóquio estavam presos há nove dias na Argentina e conseguiram uma carona providencial do time do Santos para voltar ao Brasil. Adelly Oliveira, Jonatha Mendes e Jonathas Brito competiram no país vizinho no fim de março, mas tiveram voos cancelados após o aumento das restrições de tráfego pela pandemia de Covid-19. A informação foi publicada em primeira mão pelo blog “Olhar Olímpico”.

O trio viajou para competir na cidade de Concepción del Uruguay com passagens pagas pelo preparador físico e voltaria no dia 29 de março, mas o voo da Latam foi cancelado. Após três remarcações, os atletas ficaram sem previsão de retorno e acionaram uma rede de apoio para conseguirem se manter. A Confederação Brasileira (CBAt) pediu ajuda à Confederação Argentina, que providenciou alimentação e estadia.

O grupo ficou treinando em uma praça de Buenos Aires enquanto os contatos eram feitos no Brasil para viabilizar a volta. A ex-atleta olímpica Maíla Machado, que disputou os 100m com barreiras em Atenas 2004, Pequim 2008 e na Rio 2016, contatou Adalberto Almeida, nome conhecido nos bastidores do atletismo brasileiro e hoje também empresário do volante Diego Pituca, recentemente negociado pelo Santos com o Kashima Antlers, do Japão.

Os dois entraram em contato com o secretário especial do esporte, Marcelo Magalhães, que informou que o Itamaraty só fazia a repatriação acima de 10 pessoas e que infelizmente não poderia ajudar. Adalberto então levantou a possibilidade de pedir uma carona ao Santos no voo fretado que traria o time de volta da Argentina após o confronto com o San Lorenzo pela Taça Libertadores, na terça-feira.

– O Adalberto tem um contato forte no Santos e na CBF, mas nos faltava um contato na Conmebol. Descobrimos o Frederico Nantes, que é secretário da Conmebol e árbitro de atletismo. A CBAt enviou um ofício para a CBF, a Conmebol e o Santos, porque tudo tinha que estar no papel. Aí acionamos a vigilância sanitária, porque eles precisariam de testes de Covid. No fim deu tudo certo e eles chegaram em casa ontem às 7h da manhã – contou Maíla ao ge.

– Nós estamos em casa, em solo brasileiro, depois de quase 15 dias fora, sem poder voltar. Ficamos na Argentina sem poder voltar para casa por conta do fechamento das fronteiras. Nosso voo foi cancelado umas três vezes. Hoje estamos no aconchego da nossa casa para agradecer a algumas pessoas que se mobilizaram para podermos voltar. (…) Graças a comissão do Santos nós pudemos voltar para casa – disse Adelly, em meio a uma longa lista de agradecimentos, em uma rede social.

– A Covid está aí, e o Brasil está na situação em que se encontra. Tem pessoas que amam o esporte e o ser humano. Estamos aqui para agradecer de coração. Aqui está o nosso muito obrigado por nos apoiarem. Estamos em busca de índice olímpico, do sonho olímpico, e sem vocês não seria possível nossa volta para casa para treinar – disse Jonathas.

Em Concepción del Uruguay, Adelly foi ouro nos 100m com barreiras e prata nos 100m rasos. Jonathas Britos e Jonatha Mendes conquistaram prata e bronze, respectivamente, nos 110m com barreiras.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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