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Após ouro e com torneios sub-20 cancelados, Jardine quer ouvir projeto da CBF e discutir futuro

O momento é de festa pela conquista do bicampeonato olímpico da seleção masculina de futebol, mas, nos próximos dias, de volta ao Brasil após a conquista no

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Redação Publicado em 08/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h38


O momento é de festa pela conquista do bicampeonato olímpico da seleção masculina de futebol, mas, nos próximos dias, de volta ao Brasil após a conquista no Japão, o técnico André Jardine quer se reunir com a CBF e discutir o seu futuro.

Jardine foi contratado pela entidade em 2019, com a missão de comandar a seleção sub-20. Com a ida de Sylvinho para o Lyon, um mês depois, ele também acumulou a responsabilidade de dirigir a equipe olímpica.

Porém, por conta da pandemia do novo coronavírus, o Sul-Americano e o Mundial Sub-20 previstos para este ano foram cancelados. As mudanças no calendário geram incerteza sobre o futuro do treinador, mas ele afirma que ainda não pensou no que fará de agora em diante.

– O foco nosso foi tão grande nas Olimpíadas que a gente não se permitiu pensar em nada além, nossa linha ia até hoje (sábado, na decisão em Yokohama). Nós queríamos viver essa final, sonhávamos ganhá-la. É a realização de um sonho defender as cores da seleção brasileira, a gente não encontra palavras para descrever. É uma camisa muito pesada, muita gente fez história, o povo tem sempre expectativa muito alta. Orgulho muito grande, a gente entrega para os nossos familiares um orgulho imenso. Fazer história e ser campeão é algo que ninguém mais nos tira, já é nosso. Sobre o futuro, estou numa instituição fantástica, que todo profissional sonha. A seleção sub-20 está com dificuldade de calendário pela pandemia, provavelmente não teremos Sul-Americano. Quero ouvir a CBF, saber qual o projeto e o que ela pensa para o nosso futuro. Mas quero comemorar, aproveitar isso tudo, desfrutar porque deu bastante trabalho – disse o treinador, depois da vitória por 2 a 1 sobre a Espanha e a conquista da medalha de ouro.

Inicialmente, Jardine assinou contrato até o fim do Mundial Sul-20, que seria realizado em maio e junho deste ano. Depois, a CBF não divulgou até quando o vínculo foi prorrogado.

Em dois anos de trabalho, Jardine conquistou o Torneio de Toulon, na França, com a equipe sub-23 em 2019, e deixou a Seleção no segundo lugar do Pré-Olímpico, na Colômbia, no ano passado.

Após o título no Japão, o treinador elogiou o planejamento e o trabalho da CBF ao longo deste ciclo olímpico.

– É a coroação de um trabalho que a CBF levou muito a sério, a instituição sempre soube da responsabilidade que seria defender o ouro, se organizou, tentou dar toda a estrutura para a gente, com o pontapé inicial que seria o Torneio de Toulon. Depois durante as Datas Fifa, tentando convocar os melhores jogadores, dar estrutura, ir armando a situação, sabendo que é difícil para nós e todas as seleções termos os melhores jogadores. E sabemos que só foi possível ter um time desse nível com o comprometimento de todos os jogadores, eles tiveram que ser firmes nos clubes, se comprometer com a gente e a Seleção, se posicionar nos clubes. Porque a vontade dos clubes era quase 100% de não liberação. Vai muito mérito para os jogadores, muito mérito para a CBF. E eu sempre torço para que vença a equipe que se preparou muito para as conquistas, as competições. E se o Brasil não foi o que melhor se preparou… Ninguém se preparou melhor do que a gente, pode ter quem se preparou igual, melhor não.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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