Campeão dos 100m livre na seletiva nacional nesta quinta-feira e classificado para as Olimpíadas de Tóquio, André Calvelo, de 20 anos, decidiu dar uma guinada
Redação Publicado em 23/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h47
Campeão dos 100m livre na seletiva nacional nesta quinta-feira e classificado para as Olimpíadas de Tóquio, André Calvelo, de 20 anos, decidiu dar uma guinada em sua carreira a pouco mais de dois meses para o evento qualificatório.
Destaque nas categorias de base e quarto colocado na prova mais nobre da natação mundial nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 2018, ele trocou de técnico e de local de treino para tentar “ganhar motivação”. Calvelo encerrou a parceria com Marcio Latuf, com quem treinava havia anos em Santos, para integrar a equipe comandada pelo técnico Felipe Domingues em São Paulo.
Domingues é o comandante de nomes relevantes da natação nacional, como Leonardo de Deus (que conseguiu vaga olímpica para os 200m borboleta) e Nicholas Santos.
– Essa troca de treinador foi mais para me motivar, para eu treinar com o Nicholas e o Leo, para me puxar e aumentar o nível de competitividade e qualidade técnica. Eu sempre sou motivado a sonhos e desafios, e esse é mais um desafio que eu estou tendo e tem sido muito bom – afirmou Calvelo ao ge.
O nadador foi o mais rápido nos 100m tanto nas eliminatórias (48s09, seu melhor tempo pessoal) quanto na final (48s15), quando chegou à frente de Pedro Spajari (48s31), que será o outro representante do Brasil na prova em Tóquio. Além dos dois, Breno Correia e Marcelo Chierighini também vão compor o revezamento 4x100m livre.
– Acredito e tenho certeza de que valeu o risco. Foi algo pensando, não era de hoje, que eu procurava um técnico bom e que instigasse e treinasse velocidade, e aí veio o Felipe. E tenho um recordista mundial ao meu lado, o Nicholas, nos treinos. Não acho que foi risco, foi melhora – disse ele, que agradeceu ao ex-treinador Latuf durante entrevista na piscina.
Além de participar das Olimpíadas de Juventude, Calvelo estreou pela seleção adulta no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul, em 2019, quando foi reserva no 4x100m. Ele considera a experiência como fundamental para seu amadurecimento.
No último ano, o velocista ainda teve de lidar com a Covid-19 – ele contraiu a doença, mas se recuperou sem sustos – e com uma lesão no joelho. Nada que o tirasse do foco da vaga olímpica, que veio hoje.
O paulista acredita que terá de nadar para a casa dos 47 segundos para brigar por uma final ou, quem sabe, uma medalha no Japão.
– Mas sinto que essa marca já está dentro de mim – comentou o atleta, que defende a Unisanta.
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Fonte: GE – Globo Esporte.
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