A vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, neste domingo, não só colocou o Palmeiras na final do Paulistão contra o São Paulo, mas também serviu para algo
Redação Publicado em 17/05/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h33
A vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, neste domingo, não só colocou o Palmeiras na final do Paulistão contra o São Paulo, mas também serviu para algo importante: deixou bem clara a abissal diferença que existe hoje entre os dois rivais.
E isso engloba alguns fatores, fundamentais para um time de futebol, como qualidade do elenco, organização em campo, padrão de jogo…
O Palmeiras não fez muita força. Parecia jogar tranquilo, sem acelerar. Venceu por 2 a 0 e poderia ter feito pelo menos mais três gols (acertou duas bolas na trave). Foi um passeio, não refletido no placar.
Luiz Adriano e Rony comemoram gol do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
Foi curioso de ver como os dois times foram escalados na mesma formação, com três zagueiros, mas havia uma diferença enorme na organização e naquilo que os dois faziam em campo. Enquanto um parecia perdido com a bola no pé, o outro sabia exatamente como e quando atingir o adversário.
Mesmo com a posse de bola na maior parte do tempo, o Corinthians não levou qualquer perigo ao gol de Weverton na primeira etapa. Na realidade, apenas abriu espaços em sua desorganizada defesa.
Marcando no próprio campo e esperando o rival entregar a bola, o Palmeiras parecia saber que isso aconteceria, só aguardando para dar o bote. E fez de maneira muito efetiva.
Foram vários lances nos quais roubou a bola e conseguiu bons contra-ataques, saindo na frente de Cássio. Victor Luis acertou a trave, Rony foi travado em uma e chutou outra pra fora…
Foi essa a postura do Palmeiras em toda a partida. Uma linha de cinco na defesa, com os laterais recuados na hora de marcar, outra de quatro no meio, com Luiz Adriano, que vem desempenhando muito bem esse papel, e só Rony mais adiantado.
O Palmeiras fez um jogo quase perfeito dentro daquilo que se propôs. Esperou no seu próprio campo sem levar qualquer susto (além de um pênalti bobo no fim) e foi muito perigoso quando tinha a bola no pé para sair em velocidade.
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, no jogo contra o Corinthians — Foto: Marcos Ribolli
Com Victor Luis avançando muito pela esquerda, Luiz Adriano mais recuado na armação, Raphael Veiga e Patrick de Paula chegando pelo meio, com Rony avançado, o time teve muita rapidez para explorar os muitos buracos na defesa corintiana.
Na etapa final, um pouco mais recuado e menos objetivo na frente, o Palmeiras criou menos, mas também correu pouquíssimo risco atrás. O gol de Luiz Adriano apenas sacramentou aquilo que já parecia certo desde o começo da partida.
Obviamente o futebol não é uma ciência exata, como dizem, e clássicos muitas vezes são decididos nos detalhes. Mas não é isso que vem acontecendo nos últimos Palmeiras x Corinthians.
Mais uma vez o Verdão sobrou em Itaquera. E escancarou que hoje está muito acima do seu maior rival dentro de campo.
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Fonte: Ge – Globo Esporte.
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