No dia em que o Corinthians venceu o Fluminense por 5 a 0 dentro da Neo Química Arena, o técnico Vagner Mancini tratou de puxar os pés dos jogadores para o
Redação Publicado em 26/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h31
No dia em que o Corinthians venceu o Fluminense por 5 a 0 dentro da Neo Química Arena, o técnico Vagner Mancini tratou de puxar os pés dos jogadores para o chão e definiu o momento da equipe como “de recuperação”, deixando claro que não havia ali um trabalho pronto e finalizado.
Cinco dias depois, a equipe foi massacrada pelo Palmeiras, num 4 a 0 impiedoso e até econômico, que deixou jogadores e torcedores assustados. Apesar do abalo emocional, o time reagiu bem ao vencer o Sport três dias depois por 3 a 0, com amplo domínio, dentro de casa.
Agora, quatro dias depois, foi a vez de a equipe ser facilmente superada pelo Red Bull Bragantino dentro de seu estádio, em Itaquera. Uma derrota por 2 a 0 justa, inquestionável e que expõe mais uma vez que o Corinthians ainda vive um processo artesanal de montagem. E que por isso vai oscilar.
Na briga pelo G-6, o Timão podia ficar na oitava posição a dois pontinhos do Fluminense, que é sétimo.
A derrota deixou o time em décimo, a cinco do Flu, com os mesmos 45 de Ceará e Santos. E com apenas um ponto a mais do que o próprio Bragantino, que tem 44. Um bolo bastante perigoso.
Mas além dos alertas matemáticos, há os táticos e comportamentais. O time saiu perdendo com menos de dois minutos e sucumbiu à pressão do Bragantino durante todo o primeiro tempo. Com erros forçados atrás e pouca efetividade na frente, foi presa fácil. E levou os 2 a 0 na etapa inicial.
Fábio Santos durante Corinthians x Red Bull Bragantino — Foto: Marcos Ribolli
Com Gabriel e Ramiro por dentro, a ideia de Mancini era fortalecer a marcação contra um time de muita velocidade e transição. Claudinho, Arthur e Helinho, porém, tiveram muita liberdade e jogaram com fluidez. No lado corintiano, Cazares e Mosquito criaram chances na direita, mas sem fazer Cleiton suar.
No intervalo, Mancini trocou Mosquito e Vital por Léo Natel e Otero, jogador de mais força, vigor, explosão, chute forte e imposição. Mas, ao mesmo tempo, os dois conseguiram entrar mal no jogo, derrubando ainda mais tecnicamente o nível do time. Igualando apenas na vontade e no combate.
Depois deles entraram Luan, Everaldo e Gabriel Pereira, mas nenhum dos cinco conseguiu fazer nem perto do que o setor ofensivo titular do Bragantino fez na partida. O elenco sente a falta de opções de banco que sejam realmente capazes de mudar o panorama de um jogo que se encaminha perdido.
Outro ponto que fica de alerta na derrota é o aspecto emocional. Imbuídos na missão da classificação para a Libertadores, muitos perderam a cabeça no segundo tempo, quando tudo já estava perdido, e apelaram a jogadas mais fortes. Fagner, Otero, Léo Natel e até Luan pegaram pesado. Dois foram advertidos com amarelo, estavam pendurados e não enfrentam o Bahia na próxima quinta-feira.
A sete rodadas do fim, o torcedor do Corinthians vê uma equipe em fase de oscilação no momento de definição da competição e se questiona se esse time tem ou não condições de chegar lá.
Ao que parece, a disputa por uma vaga será levada até as rodadas finais, com pontos somados em alguns jogos e desperdiçados em outros. O trabalho de Mancini é bom, mas ainda há muito a se percorrer para que o Corinthians seja um time constante e candidato a coisas bem maiores.
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