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1000 dias para Paris 2024: resultados no começo de ciclo empolgam Brasil

Depois de duas Olimpíadas seguidas fazendo a melhor campanha da história, o sarrafo no esporte olímpico subiu. Embalado pela melhora dos resultados das

1000 dias para Paris 2024: resultados no começo de ciclo empolgam Brasil
1000 dias para Paris 2024: resultados no começo de ciclo empolgam Brasil

Redação Publicado em 30/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h23


Medalhas, com atletas jovens e experientes, em várias competições de diversos esportes são um bom presságio para os próximos Jogos Olímpicos

Depois de duas Olimpíadas seguidas fazendo a melhor campanha da história, o sarrafo no esporte olímpico subiu. Embalado pela melhora dos resultados das mulheres e da inclusão de esportes como surfe e skate, o país chegou ao recorde histórico em Tóquio e, nestes primeiros meses após a competição japonesa, o desempenho mantém o otimismo.

Claro que, faltando ainda 1000 dias para os Jogos, ainda é cedo para fazer qualquer projeção de medalhas, mas os resultados conquistados recentemente são sim, por diversos motivos, importantes visando Paris 2024.

Marcus Vinícius D'Almeida foi vice-campeão mundial de tiro com arco — Foto: Dean Alberga/Handout/World Archery Federation/Getty Images

Marcus Vinícius D’Almeida foi vice-campeão mundial de tiro com arco — Foto: Dean Alberga/Handout/World Archery Federation/Getty Images

Marcus Vinicius, do tiro com arco, e Hugo Calderano, do tênis de mesa, fizeram em Tóquio o melhor resultado da história do país em suas respectivas modalidades. Apesar disso, o gosto para a dupla ficou um pouco amargo, já que ambos, embora não favoritos, tinham chances reais de pódio. Neste período pós-olímpico, eles conseguiram resultados espetaculares: Marcus Vinicius foi vice-campeão mundial, enquanto Hugo Calderano foi campeão do torneio de Doha, o título mais importante da história do tênis de mesa nacional.

Esses resultados são muito importantes pensando em Paris 2024 para dar confiança a esses dois atletas. Sair de uma Olimpíada com um quinto (Hugo) e um nono (Marcus) lugares é dolorido, pois a medalha ficou perto e poderia abalar a confiança. Mas isso já está claro que não aconteceu, e os dois são ótimos nomes para o ciclo.

Hugo Calderano com o troféu de Doha — Foto: Reprodução/Facebook

Hugo Calderano com o troféu de Doha — Foto: Reprodução/Facebook

Modalidades como surfe e skate, em que o Brasil se destacou em Tóquio, já mostraram que o país vai seguir entre os melhores neste ciclo. Gabriel Medina foi campeão mundial vencendo na decisão Filipe Toledo, enquanto Tatiana Weston-Webb foi vice-campeã no feminino. No skate, Rayssa Leal conquistou o título da etapa da Steeet League, que é o Circuito Mundial da modalidade, derrotando a campeã olímpica.

Rayssa Leal na Liga Mundial de Skate Street (SLS) — Foto: Divulgação/SLS

Rayssa Leal na Liga Mundial de Skate Street (SLS) — Foto: Divulgação/SLS

Nas categorias de base, o Brasil conseguiu ótimos resultados com as mulheres. No judô, foram três bronzes no Mundial sub-21, com atletas muito técnicas, principalmente na luta de chão, e que podem sim chegar às Olimpíadas de Paris 2024. No levantamento de peso, quatro medalhas no Mundial sub-17, uma com Julia Vieira e três com Taiane Justino. O histórico recente do Brasil, porém, serve de aprendizado, já que quatro medalhistas em mundiais de base no levantamento de peso não conseguiram seguer se aproximar de bons resultados no adulto.

No tênis, Beatriz Haddad conseguiu a maior vitória do tênis brasileiro nos últimos anos, ao vencer Karolina Pliskova, número 3 do ranking mundial, no WTA 1000 de Indian Wells. Ainda falta um pouco de consistência para a tenista, uma sequência de vitórias agora pode ser um divisor de águas na carreira. Ainda no tênis, Luisa Stefani conseguiu ótimos resultados nas duplas, mas uma contusão no joelho atrapalhou os planos, e ela ficará sem jogar até o início do ano que vem.

Luisa Stefani sai de quadra de cadeira rodas nas semis do US Open — Foto: Reprodução SporTV

Luisa Stefani sai de quadra de cadeira rodas nas semis do US Open — Foto: Reprodução SporTV

Resultados um pouco menores, mas também com importância, foram vistos no atletismo (Erik Felipe marcou 10s01 nos 100m rasos, o segundo melhor tempo da história do Brasil), hipismo (João Oliva fez a melhor nota da história do Brasil), boxe (Beatriz Ferreira foi campeã mundial militar, em competição que o Brasil fechou com cinco medalhas), ciclismo (Henrique Avancini foi vice-campeão mundial no short track, prova não olímpica), handebol (seleção feminina campeã continental) e wrestling (Lais Nunes quinta colocada no Mundial).

Claro que nem todos os resultados foram positivos. No vôlei, o Brasil não foi ao pódio em nenhum Campeonato Mundial das categorias de base e, no adulto, apesar de títulos, sofreu no Sul-Americano masculino e feminino. Na canoagem slalom, apesar de duas medalhas nas Copas do Mundo, Ana Sátila ficou longe da medalha no Campeonato Mundial na categoria extreme, que fará parte do programa olímpico em Paris 2024 pela primeira vez.

O ciclo olímpico começou muito bem para o Brasil e isso é um pequeno passo para que, em Paris 2024, mais recordes venham. Mas é importante também colocar os pés no chão pois serão três anos intensos de competições e treinamentos.

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Globo Esporte

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