Número de casamentos está crescendo e próximo ao nível anterior ao auge da pandemia
Ana Rodrigues Publicado em 04/10/2023, às 12h04
A quantidade de casamentos no Brasil está crescendo e chegando próximo ao nível anterior ao auge de pandemia. Por outro lado, o volume de divórciosé o mais alto em dez anos.
Foram mais de 386 mil dissoluções de casamento. Isso acaba refletindo também no tempo que dura as uniões. Atualmente, um casamento no Brasil dura, em média, 13 anos, o menor patamar da série histórica registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Profissão Repórter desta terça-feira (3) viajou até Goiás, buscando entender os motivos pelos quais tantos brasileiros têm decidido se separar, lá acompanhou um mutirão de divórcios organizado pela Defensoria Pública do estado. Falta de diálogo, tédio na rotina e traição são alguns motivos que foram relatados pelas pessoas para dar fim ao casamento.
Rotina, ficar só em casa. Trabalho em casa, aí não sai, não curte a vida a dois”, contou Naiara Assunção, doméstica.
Já no caso do casal Pedro de Araújo e Silene de Melo, os motivos para o divórcio, após 26 anos de união, foram traição e falta de diálogo.
Não tem diálogo. Começa a falar, é discussão”, explicou Pedro.
A traição partiu de Silena, que se explicou em entrevista:
A pessoa me deu muita atenção, cuidou de mim. Ele não estava mais cuidando. Ninguém é perfeito, não, e ele se acha muito perfeito”, disse.
A equipe de reportagem também acompanhou histórias de união. Em uma delas, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, capital do Maranhão, 11 mulheres estavam vestidas de noiva e formavam uma fila na entrada da cadeia, para participar de um mutirão de casamento. Os convidados, sendo três por família, levavam bolos, salgadinhos e litros de refrigerante. Elas aceitaram o pedido de casamento de seus respectivos parceiros.
O casamento homoafetivo foi discutido por uma audiência pública na Câmara dos Deputados na última semana, o Profissão Repórter acompanhou as falas dos parlamentares que são favoráveis à derrubada do contrato civil de união homoafetiva, e dos que estavam pedindo pelo arquivamento da discussão.
Na audiência o Deputado Eli Borges (PL-TO), que é contra o casamento homoafetivo, trocou duas vezes o gênero da deputada transexual que havia acabado de discursar, Duda Salabert (PDT-MG), ela foi a primeira mulher trans eleita na Câmara dos Deputados.
E, enquanto os deputados discutem impedir ou não a união homoafetiva, o repórter Guilherme Belarmino e o repórter cinematográfico Eduardo de Paula registraram o casamento de Irina Musa e da professora Ana Carolina de Souza Ferreira em um cartório civil em São Paulo.
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