"É muito difícil ser mãe solo": mãe revela como lida com suas inseguranças na criação da filha adolescente

Com dicas de como lidar como lidar com as próprias inseguranças e as da filha adolescente, a influenciadora Talitah Sampaio compartilha nas redes sociais sua relação com Yasmin, de 13 anos, e dá liberdade para a filha descobrir a própria identidade.

Entre vídeos e fotos divertidas, que demonstram como é boa a relação entre as duas, há um assunto sério e crescente no Brasil: mães que criam seus filhos sozinhas. Apesar de bem próximas, Talitah é sincera ao afirmar: "É muito difícil ser mãe solo".

Vale relembrar que o termo "mãe solo" engloba aquela mãe que cuida, alimenta e é a única responsável física, social, sentimental e financeiramente por aquela criança. E vem para substituir a ideia de "mãe solteira", e dar visibilidade para essas mulheres e tipos de família, afinal, ser mãe não é um estado civil.

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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 57,3 milhões de mães solo, isto é, 38,7% de brasileiras chefiando seus lares. Mesmo sendo grande parcela da sociedade, elas ainda sofrem e precisam se reinventar todos os dias para poder realizar tanto a si mesmas, quanto aos filhos.

Só quem vive essa situação entende. A gente faz tudo ao mesmo tempo e isso exige muito de mim. Acredito que cuidar só dos filhos ou só trabalhar não é o correto, já que a criança precisa conviver e aprender com todos os adultos da casa, mas nunca tive com quem dividir meus medos e dúvidas. Não faço ideia de como seja, mas deve ser maravilhoso!", desabafa ela.

A influenciadora conta que, dentre os inúmeros ensinamentos que tenta passar para a filha, um deles é que cada pessoa é única, algo que ela acredita ter potencial de ajudar o mundo.

"Sempre incentivei minha filha a conviver com todo tipo de gente. Ela entende que existem estilos, cabelos, corpos e personalidades diferentes. Acho que isso nos ajuda, sim, mas também ajuda o mundo, já que ela não vai praticar bullying porque alguém é diferente, por exemplo", conta ela.

Talitah, que conta com 271 mil seguidores em sua conta pessoal e mais 245 mil no perfil que divide com Yasmin, também avalia a importância de saber lidar com o grande público e com a tecnologia em si.

Tem seu lado bom e ruim, como tudo na vida", inicia ela, que não utiliza filtros em suas fotos ou vídeos.

"Em nosso perfil, o Sampaio Girls, mostramos que é normal ter espinhas, rugas e celulites. Anormal é usar filtros a ponto de nem se reconhecer no espelho. Isso faz com que os jovens se interessem por procedimentos estéticos quando poderiam estar investindo o dinheiro em viagens e especializações pro futuro. Se usarmos a tecnologia como aliada para nossos filhos, vamos tornar o mundo um lugar melhor para eles", finaliza.

Nesse sentido, ela admite que, por ter sido muito insegura na adolescência, um de seus maiores medos era que Yasmin se sentisse da mesma maneira, e revela o que fez para que a filha fosse diferente.

"Quanto mais a gente quer que nossas filhas se apeguem aos nossos medos, mais inseguras elas serão. Deixo ela ser como quiser e a apoio mesmo que seja diferente de mim. Hoje, estamos bem resolvidas, mas, analisando, acho que ela é bem menos insegura do que eu era na mesma idade", desabafa.

Talitah diz que a relação de confiança entre mãe e filha foi criada aos poucos, e que o fato de dar liberdade, por exemplo, para escolher o que vestir ou o que fazer no cabelo ajuda na segurança que Yasmin tem de si mesma e aproxima as duas.

Para mulheres que vivem a mesma situação que eu, indico que sejam amigas de seus filhos. Dá pra ser a mãe que passa conhecimentos e ser a amiga que oferece o colo. Pensar diferente disso só te afasta. Precisamos ser os dois. Além disso, sugiro que ensinem seus filhos a se alimentarem bem e fazerem exercícios desde novos, isso vai dar força física e mental à eles", finaliza.