Festival espera chegar a 700 trabalhos inscritos
Agência Brasil Publicado em 06/08/2022, às 11h49
A 17ª Edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro já recebeu, até o dia 2, a inscrição de 535 filmes de cineastas brasileiros, a maioria de curta metragem. O festival acontecerá na Paraíba, no período de 1º a 7 de dezembro. Devido a várias solicitações de produtores e realizadores, a organização do Fest Aruanda decidiu prorrogar as inscrições até o próximo dia 27. Quem quiser ainda pode se inscrever na plataforma especial do festival, nosite oficial do evento.
O produtor-executivo do festival, Lúcio Vilar, disse à Agência Brasil que a expectativa é se aproximar, este ano, de 700 trabalhos inscritos. Em 2022, o festival volta a ser 100% presencial e acontecerá no Cinépolis, no Manaíra Shopping, em João Pessoa, com convites distribuídos gratuitamente uma hora antes de cada sessão.
“O festival oferecerá, durante uma semana, sessões de graça para o público, visando a democratização”, disse Vilar.
Este ano, o Aruanda terá homenageados pós-morte, que são o jornalista, poeta, crítico e cineasta paraibano Jurandir Moura, morto prematuramente em 1980, aos 40 anos de idade, em um acidente de carro; e o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), cineasta e encenador teatral Eliezer Rolim, morto este ano de complicações da covid-19. Serão exibidos três curtas-metragens de Jurandir Moura em sessões especiais do festival.
No ano passado, o festival fez uma revisão histórica do cinema nacional, a partir da homenagem ao ator Othon Bastos. Nessa 16ª edição, o festival teve sua identidade visual inspirada no cangaceiro e no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de 1964, do diretor Glauber Rocha, que eternizou a imagem de Othon Bastos.
Lúcio Vilar disse que, como todo festival, o Aruanda trabalha muito com produções contemporâneas, mas tem sempre um olhar voltado para a história do cinema brasileiro ou da cinematografia paraibana.
“O festival sempre se pauta por essa necessidade de se voltar para nossa própria história, até porque ela não foi ainda devidamente contada, principalmente a cinematografia paraibana. E o festival é sempre uma oportunidade de reavivar nomes, trajetórias, filmes e atores”, disse.
Em 2020, em função do início da crise sanitária, o festival foi realizado no formato híbrido, com apenas as sessões de abertura e encerramento presenciais. O restante, englobando debates, mesas redondas, conferências e oficinas, ocorreu virtualmente. Em 2021, o evento também foi no formato híbrido, mas com uma capacidade maior de sessões presenciais.
Lúcio Vilar revelou que este ano a organização do Aruanda pretende trabalhar com o TikTok, aplicativo de mídia para criar e compartilhar vídeos curtos, a exemplo do que já está ocorrendo com outros festivais, como o Festival de Cinema de Gramado. Em parceria com a Secretaria de Educação da Paraíba, a ideia é promover um concurso para incentivar estudantes da rede pública de ensino a produzirem filmes de até 3 minutos, que possam ser editados nesse formato e concorrer a prêmios.
Outra novidade da edição 2022 é o lançamento da Plataforma AruandaPlay, criada em 2020 por causa da pandemia da covid-19, mas agora em caráter permanente.
“Pensamos que ela pode oferecer tela para quem não tem tela, o ano inteiro. O streaming é uma tendência que veio para ficar. Já não é uma tendência. É uma realidade. E essas plataformas nos salvaram do tédio completo durante a pandemia”, disse o produtor-executivo do Fest Aruanda.
A expectativa é que a plataforma AruandaPlay esteja no ar até setembro próximo, constituindo uma ferramenta adicional e ligada ao festival, com outros focos, inclusive na educação.
Mais uma vez o evento tem patrocínio master da Energisa/Usina Cultural, Cagepa-PB, PBGás e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), com chancela da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
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