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Estado de saúde de Roberto Jefferson gera preocupação

Ministro do STF exige esclarecimentos sobre estado de saúde do ex-parlamentar, detido em presídio no Rio de Janeiro

Roberto Jefferson. - Imagem: Divulgação / Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Roberto Jefferson. - Imagem: Divulgação / Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Marina Roveda Publicado em 04/06/2023, às 08h52


Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o presídio onde o ex-deputado federal Roberto Jefferson está preso prestasse esclarecimentos sobre seu estado de saúde, a assessoria de imprensa do político informou neste sábado (3) que seu quadro se agravou e há suspeita de traumatismo craniano, porém, não foram apresentados laudos. Jefferson encontra-se detido no presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro.

Segundo nota da assessoria, "Ele [Jefferson] desmaiou, pode estar com traumatismo craniano, está extremamente desorientado e muito, muito mal. Esse é o estado atual de saúde dele. E o laudo da SEAP é claro no sentido de que a perda de peso pode sim ser decorrente de um retorno do câncer. Enfim, este é o cenário".

Na sexta-feira (2), o ministro do STF havia determinado que a direção do presídio fornecesse esclarecimentos sobre o estado de saúde do ex-parlamentar dentro de um prazo de 24 horas. No dia anterior, quinta-feira (1º), o ex-deputado havia reiterado seu pedido de transferência para um hospital particular.

Em maio, Moraes negou a transferência de Jefferson para um hospital particular, porém autorizou a realização de exames que não pudessem ser feitos pelo sistema penitenciário devido à falta de recursos técnicos.

Desde outubro de 2022, Jefferson está preso após atacar agentes da Polícia Federal com granadas e tiros quando eles tentavam cumprir uma ordem de prisão contra ele. O ex-deputado já estava em prisão domiciliar por ameaçar o STF e fazer ataques à Corte e seus ministros nas redes sociais.

Mesmo com restrições que incluem proibição de uso da internet, contato com outros investigados e sair de casa, Jefferson atacou a ministra Cármen Lúcia após seu voto em uma ação do STF que temporariamente vetou o lançamento de um documentário da produtora Brasil Paralelo sobre o atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018.

O ataque ocorreu na residência de Jefferson em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. Ele disparou cerca de 30 tiros contra os agentes da PF e lançou granadas. Segundo a denúncia apresentada em dezembro de 2022 pelo Ministério Público Federal (MPF), após os disparos e lançamento das granadas, Jefferson gravou um vídeo mostrando a viatura policial atingida pelos tiros e uma grande poça de sangue próximo ao veículo.

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