Dia do Folclore: entenda a origem da data e relembre 5 das principais lendas

Dia do Folclore: entenda a origem da data e confira as principais lendas - Imagem: reprodução O Imparcial

Vitória Tedeschi Publicado em 22/08/2022, às 15h35

Nesta segunda-feira (22) é comemorado o Dia Nacional do Folclore,uma data que reforça a importância da cultura popular brasileira. As representações folclóricas são diversas e exaltam a identidade cultural do povo do Brasil.

O Dia do Folclore surgiu em 1965, após um decreto assinado pelo presidente Humberto Castello Branco, oficializando a data. A partir de então, o dia 22 de agosto passou a ser celebrado como o Dia do Folclore em todo o país.

A preocupação em divulgar o folclore brasileiro surgiu durante a Semana da Arte Moderna, em 1922, onde várias obras apresentadas tiveram como inspiração o folclore. Em 1947, foi criada a Comissão Brasileira de Folclore.

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De Saci Pererê, Cuca até Boitatá confira algumas lendas de personagens folclóricos clássicos:

Curupira

Conhecida em todo o país, a lenda do Curupira conta a história da famosa criatura intitulada como guardião da floresta. No Norte, é descrito como um jovem, ainda adolescente, de baixa estatura, cabelos cor de fogo e pés virados ao contrário.

Seu assovio inconfundível soa pelas florestas e assinala que o Curupira está se aproximando. Diz a lenda que o Curupira enfeitiça desmatadores e caçadores, fazendo com que não encontrem o caminho de volta para casa.

Vitória-régia

vitoria-regia-lenda-folclore — Vitória Régia / Imagem: reprodução Toda Matéria

De origem tupi-guarani, a lenda conta a história da criação da vitória-régia,tradicional planta aquática da Amazônia.

A indígena Naiá, a mais bela da tribo, sonhava em estar perto de Jaci, a Lua, e virar uma estrela. Ao tentar se aproximar do reflexo no rio, a jovem caiu e morreu afogada. Comovida com o que aconteceu, Jaci transformou Naiá numa planta aquática, a exuberante vitória-régia, também conhecida como ‘estrela das águas’.

Negrinho do Pastoreio

De origem africana e cristã, a lenda do negrinho do pastoreio surgiu provavelmente no século XIX. Reza a lenda que, ainda no tempo da escravidão no país,essa personagem foi um pequeno escravo que sofreu muito com os maus tratos de um fazendeiro.

Negrinho do Pastoreio é considerado santo das causas perdidas. Por isso, conforme a tradição popular, quem perde algo e tem dificuldade de encontrar acende uma vela e pede ajuda ao Negrinho para encontrar o que perdeu.

Uirapuru

Pássaro de belo canto, o Uirapuru é mais um ser do folclore brasileiro. A lenda de um amor proibido conta que um guerreiro indígena pediu a Tupã, deus do trovão na mitologia tupi-guarani, que o transformasse em pássaro para ficar perto da mulher que amava.

Fugindo do cacique, também pai da jovem, que o caçava, o Uirapuru se escondeu na floresta e passou a utilizar o belo canto para falar com sua amada.

Boto cor-de-rosa

Trata-se de um cetáceo encontrado nos rios amazônicos que, na lenda, assumiu uma conotação muito negativa, pois é responsável por seduzir mulheres, engravidá-las e abandoná-las. Na lenda, o boto-cor-de-rosa transforma-se em um homem muito bonito e charmoso que vai às festas para seduzir mulheres.

Além das clássicas lendas do folclore brasileiro, em 2021, uma série nacional da Netflix chamou a atenção ao trazer exatamente essa pauta e recriar diversas lendas em um formato completamente novo.