Djidja Cardoso foi encontrada morta em sua própria residência
Manoela Cardozo Publicado em 24/09/2024, às 12h15
Quase cinco meses após a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, sua mãe, Cleusimar, e seu irmão, Ademar, romperam o silêncio sobre os acontecimentos dentro de sua casa e os vícios da família.
Em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, para o programa Câmera Record, ambos negaram a existência da suposta seita "Pai, Mãe, Vida" e revelaram que todos na família eram usuários de cetamina, uma substância conhecida por seus efeitos psicodélicos. Cleusimar Cardoso relatou que não estava presente no momento exato da morte de Djidja.
Segundo ela, tudo parecia normal até a 1h da manhã, quando sua filha fez um lanche. "Eu acordei com o Bruno [ex-namorado] batendo na minha porta, dizendo que ela não estava mais respirando. No começo, achei que era uma brincadeira", contou, em choque.
Ela também revelou que Djidja sofria de depressão e fazia uso de clonazepam para lidar com desilusões amorosas. Ao ser questionada sobre a morte no dia 28 de maio, Cleusimar declarou: "Foi o dia que minha filha foi embora para outro plano, porque a gente não morre, somos seres de luz".
Quando perguntada se poderia ter evitado a morte, Cleusimar respondeu com resignação: "Nenhuma folha cai do céu sem a permissão de Deus".
Ao abordar a hipótese de overdose, Cleusimar refutou, afirmando que todos na família usavam a mesma quantidade de cetamina. "Se fosse overdose, por que Ademar não morreu também, já que usamos a mesma quantidade?", questionou ela. Cleusimar também explicou por que gravava vídeos dos filhos sob efeito da substância.
Segundo ela, as gravações eram uma tentativa de mostrar a Djidja e Ademar como ficavam após o uso excessivo de cetamina. Ela admitiu que não conseguiu parar com os psicodélicos, afirmando que estava em um "momento muito depressivo" e que a substância era algo de que sentia necessidade. "Meu erro foi não ter parado", reconheceu.
Ademar, por sua vez, revelou seu próprio vício e descreveu as tentativas de ajudar a irmã. Ele contou que levou Djidja ao hospital várias vezes, mas admitiu que, como também era usuário, não tinha a força necessária para tirá-la dessa situação. "Um cego não conduz o outro, a gente caiu no precipício", disse ele, acrescentando que sua mãe chegou a bloquear as contas bancárias de Djidja em algumas ocasiões.
Ele ainda ressaltou que a chamada seita "não era para enriquecimento pessoal, mas sim para ajudar os outros". Ademar afirmou que, embora tivesse tentado ajudar Djidja, respeitava o livre-arbítrio da irmã: "Eu tentei, levei ela ao médico várias vezes, inclusive, compulsoriamente", concluiu.
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