Artista revelou a divergência com a TV Globo nas redes sociais
Mateus Omena Publicado em 04/09/2022, às 17h11
Antonio Petrin, 84, conhecido por interpretar o vilão Tenório na versão original de “Pantanal”, exibida pela extinta TV Manchete, revelou que recebeu proposta da TV Globo para uma participação no remake da novela, mas ficou furioso com a oferta.
Em suas redes sociais, o ator manifestou que ficou ofendido após a emissora carioca afirmar que ele não recebia cachê pelo trabalho. A princípio, ele participaria apenas no grupo de figurantes nos momentos finais da novela.
“Fui contatado pela produtora de elenco da novela 'Pantanal', da qual participei na versão anterior, para participar de uma cena no final da novela, como figurante de um casamento ou sei lá o que. Agora pasmem: Sem pagamento de cachê. É claro que recusei. Fiquei indignado com tal proposta”, escreveu no Facebook.
Diante da situação, Petrin declarou aos seus seguidores a importância do reconhecimento da atuação como um trabalho como qualquer outro e que deve ser remunerado após a prestação do serviço. No texto, o ator fez o seguinte alerta:
“Sou ator e como tal, devo receber um cachê por esse trabalho. Na verdade eles querem enfeitar a figuração com atores, que como eu foram destaques na versão anterior. Esse convite é um desrespeito a minha carreira de mais de 50 anos. Espero que outros colegas da mesma versão recusem esse malfadado convite.”
Uma das cenas mais lembradas da primeira versão de “Pantanal” foi a de Tenório, vivido pelo ator Antônio Petrin, castrando Alcides, interpretado por ngelo Antônio, depois que o vilão descobre o caso da mulher, Maria Bruaca, na época ngela Leal, com o peão.
Em entrevista ao jornal O Globo, Petrin recordou a cena, ainda não confirmada pelo diretor Bruno Luperi no remake da atual novela das nove da TV Globo.
O ator detalhou como a emblemática cena foi construída: “Saímos muito cedo da fazenda onde estávamos para andar um espaço grande até o local em que a cena seria gravada. Lembro que eu e ngelo Antônio caminhávamos lado a lado e nem nos olhávamos, era um silêncio aterrador. Sabíamos da dificuldade que seria gravar aquela cena, carregada de emoção”, contou.
Na cena, ngelo estava deitado em uma rede e amarrado. Nesse momento, Petrin disse que viu um dos diretores emocionado, com lágrimas nos olhos, fazendo com que ele mergulhasse naquele momento como nunca tinha feito anteriormente em um trabalho.
“Olhei para a cara do diretor, o (Carlos) Magalhães, e vi lágrimas saindo pelos seus olhos. Aquilo me provocou muito, redobrou a minha emoção, eu tremia. Falando disso agora parece que estou sentindo a mesma coisa. A ngela Leal ali ao lado, sofrendo com a cena… Foi um dos momentos mais marcantes da minha trajetória como ator em termos de emoção e de dificuldade de gravar em um lugar tão inóspito”, contou.
Após o grito de “corta”, emitido pelo diretor, os atores e a produção caíram na risada, lembrou Petrin.
“Caímos na risada, como sempre acontecia. Fazer papel do vilão é se divertir muito. Sempre penso: ‘Que maldade vou fazer hoje?’. E o público morre de raiva da gente”, disse.
Em relação a versão atual, Petrin elogiou Murilo Benício, que interpreta Tenório atualmente. “Murilo é excelente ator e um colega maravilhoso, deve estar fazendo bem o personagem, que é muito bem trabalhado por essa maldade que conduz a maneira com que ele se relaciona com a família. É um papel interessante”, finalizou.
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