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Anatel alerta operadoras sobre possibilidade de retirada do X do ar após polêmica envolvendo Elon Musk

Agência agiu preventivamente em caso de decisão judicial para suspender plataforma; presidente Bolsonaro e ministro Paulo Pimenta se manifestam

Logo Anatel e X. - Imagem: Divulgação / Anatel / X (twitter)
Logo Anatel e X. - Imagem: Divulgação / Anatel / X (twitter)

por Marina Milani

Publicado em 08/04/2024, às 08h37


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) entrou em contato com as operadoras de telecomunicações para informar sobre a possibilidade de retirar o X, antigo Twitter, do ar. O contato serviu como um aviso prévio, em caso de decisão judicial para a retirada da plataforma do ar. Embora as operadoras não tenham autonomia para remover um único post na rede social, podem, sob determinação das autoridades do Poder Judiciário, suspender a plataforma inteira.

Essa ação aconteceu um dia após o bilionário Elon Musk, proprietário do X, ameaçar não cumprir as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspensão de contas que promovem golpes de estado e compartilham notícias falsas. Além disso, Musk dirigiu ataques diretos ao ministro, relator das ações relacionadas a fake news, milícias digitais e à tentativa de golpe em 8 de janeiro.

Em suas postagens, Musk sugeriu que o ministro Moraes deveria renunciar ou sofrer impeachment, acusando-o de trair a Constituição e a população do Brasil.

No domingo (7/4), Musk também publicou uma mensagem no X defendendo o uso de VPNs (redes privadas virtuais), ferramentas que permitem acessar a internet sem revelar o endereço IP do dispositivo.

A reação do governo brasileiro não demorou. Paulo Pimenta, ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, respondeu às declarações de Musk nas redes sociais, afirmando que a soberania brasileira não será tutelada pelas plataformas de internet e big techs.

Por sua vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitou a polêmica para lembrar um encontro com Musk em maio de 2022, elogiando-o como "o mito da nossa liberdade".

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