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Volta às aulas: como será a retomada nas escolas e creches de São Paulo nesta segunda-feira

O início das aulas do segundo semestre na cidade de São Paulo ocorre nesta segunda-feira (2) e terá escolas com até 100% dos alunos em regime presencial. Para

Volta às aulas: como será a retomada nas escolas e creches de São Paulo nesta segunda-feira
Volta às aulas: como será a retomada nas escolas e creches de São Paulo nesta segunda-feira

Redação Publicado em 02/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h36


Rede municipal da capital vai receber 100% dos alunos, mas por meio de rodízio, e creches terão até 60% da capacidade.

O início das aulas do segundo semestre na cidade de São Paulo ocorre nesta segunda-feira (2) e terá escolas com até 100% dos alunos em regime presencial. Para funcionar com a capacidade máxima, as unidades precisam garantir o distanciamento mínimo de 1 metro entre as carteiras. O uso de máscara por parte de estudantes e funcionários continua obrigatório.

As escolas que não conseguirem respeitar o distanciamento com todos os alunos presentes podem adotar esquema de rodízio para atender presencialmente todos os matriculados. A exceção é para as creches públicas e privadas, que atendem crianças de 0 a 3 anos, que terão limite de 60% dos alunos atendidos diariamente. Antes, o limite era de 35% do total.

Nas seis creches municipais administradas pela organização Liga Solidária na Zona Sul da capital, 800 crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas. Até a última sexta-feira (30), apenas 280 podiam frequentar regularmente as unidades. A partir desta segunda (2), serão quase 500 crianças atendidas todos os dias.

Para a operadora de telemarketing Nathália dos Santos Bueno, mãe de duas estudantes que não vão para a creche desde março de 2020, a retomada nesta segunda-feira (2) trouxe entusiasmo.

“É um alivio, porque no começo a gente fica de boa, mas tem uma hora que elas não querem mais ficar, sentem falta da escola, estão toda hora perguntando. A gente não consegue dar suporte igual os professores e aí acaba ficando tudo meio bagunçado”, disse Bueno.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, cada escola vai decidir se tem capacidade física para atender 100% dos alunos em determinado período ou se será necessário adotar um rodízio de dias ou horários para que todos os alunos passem a frequentar as aulas presenciais.

participação presencial na cidade, porém, ainda é facultativa aos pais, ou seja, a decisão pela aula presencial ou a distância continua a cargo dos responsáveis pelos alunos.

Veja abaixo as regras para cada tipo de ensino:

Creches

Os Centros de Educação Infantil (CEIs), que atendem crianças de 0 a 3 anos, podem receber 60% da capacidade total de alunos.

Por conta disso, dos 346 mil bebês ou crianças de colo atendidos na rede municipal da cidade, apenas 207 mil poderão frequentar de uma vez só as 2.881 CEIs da capital paulista a partir desta segunda.

A orientação também vale para as creches particulares da cidade, segundo a Secretaria Municipal da Educação da capital.

Ensino infantil

As Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs), que atendem crianças de 3 a 6 anos, voltam a atender 100% dos alunos presencialmente nesta segunda, desde que seja respeitado o distanciamento de 1 metro.

Segundo a prefeitura, as escolas que não tiverem condições para a retomada de 100% dos alunos de uma única vez poderão adotar o sistema de rodízio e dividir os alunos da sala em turmas diferentes.

Por conta do novo modelo de atendimento presencial, durante este período de pandemia, as escolas de educação infantil terão suas jornadas reduzidas em meia hora, na entrada ou saída do turno, para organização e limpeza das escolas. Essa decisão de horário também caberá às escolas.

A prefeitura calcula que cerca de 589 EMEIs terão que dividir os alunos em turmas diferentes para atender a demanda de 235 mil estudantes dessa faixa etária.

Segundo a Secretaria Municipal da Educação, as escolas infantis particulares devem seguir a mesma orientação.

Volta às aulas na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) São Paulo, na Vila Clementino, na zona sul da cidade — Foto: DEIVIDI CORREA/ESTADÃO CONTEÚDO
Volta às aulas na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) São Paulo, na Vila Clementino, na zona sul da cidade — Foto: DEIVIDI CORREA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ensino fundamental

Nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs), o esquema de distanciamento é o mesmo. Quanto ao horário, não há a redução de meia hora na entrada e saída das escolas. Serão 467 mil alunos divididos em turmas diferentes, por meio de rodízio, em 580 unidades da cidade.

O retorno ao sistema presencial de todas as escolas será opcional, segundo o secretário municipal da Educação, Fernando Padula.

“Enquanto durar o período de emergência, as famílias podem enviar ou não os alunos. Mas cabe um reforço: lugar de criança é na escola. A ciência tem provado todos os prejuízos causados pelo fechamento das escolas. Além do prejuízo pedagógico, nutricional, psicológico e de socialização”, afirmou Padula.

Ensino médio e escolas estaduais de SP

O ensino médio na capital paulista é gerido integralmente pelo governo de São Paulo, através da rede estadual de ensino. No início de julho, o governador João Doria (PSDB) determinou que escolas públicas e privadas da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) poderão retomar as aulas com até 100% da capacidade a partir desta segunda-feira (2), desde que seja respeitado o mesmo distanciamento de 1 metro entre os estudantes.

Desde abril, as escolas do estado estão abertas para aulas presenciais, mas a presença dos estudantes estava limitada a 35% do total. No ano passado, as escolas chegaram a reabrir, mas com o avanço da pandemia, em março de 2021, as medidas de restrição foram intensificadas, e as instituições de ensino foram orientadas a receber apenas estudantes em situação vulnerável.

A Secretaria estadual da Educação afirma que cada escola vai poder avaliar se tem capacidade para retomar as atividades presenciais, obedecendo às normas de distanciamento estabelecidas.

O decreto 65.849 do governador João Doria (PSDB) foi publicado no Diário Oficial junto com uma nota técnica do Centro de Contingenciamento do Coronavírus.

Na nota, o coordenador do grupo, Paulo Menezes, diz que “permanecer com as escolas abertas e seguras para o desenvolvimento de aulas e atividades presenciais, ainda durante a pandemia de Covid-19, é medida essencial para garantir a aprendizagem e a manutenção da segurança física e mental de crianças e jovens”.

Ensino superior e técnico

O governo de São Paulo anunciou no início de julho a retomada das aulas presenciais nas universidades e escolas de ensino técnico também a partir desta segunda-feira (2).

As instituições de ensino superior, como as universidades e as faculdades técnicas, podem receber presencialmente até 60% do total de alunos.

Já as de ensino técnico de nível médio, como as ETECs do Centro Paula Souza, seguem as mesmas regras da educação básica, ou seja, não têm limite de ocupação.

Praça do Relógio no campus da Universidade de São Paulo (USP) em São Paulo. — Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Praça do Relógio no campus da Universidade de São Paulo (USP) em São Paulo. — Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A capacidade máxima de 60% dos estudantes de ensino superior não se aplica aos cursos da área da saúde, que podem receber presencialmente 100% dos alunos matriculados. Foram incluídos na categoria da saúde também os cursos de Saúde Coletiva, Saúde Pública e Medicina Veterinária.

O início das aulas presenciais nos ensinos técnico e superior deve ocorrer antes da vacinação contra a Covid-19 de jovens com idade de 18 a 24 anos, que compõem boa parte dos estudantes dessas categorias. De acordo com o calendário estadual, a vacinação para a faixa etária de 18 a 24 anos deve ocorrer até o dia 18 de agosto.

Além disso, atividades práticas, laboratoriais e estágios de cursos superiores em todas as áreas também poderão ocorrer presencialmente, sem limite de ocupação.

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G1

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