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Novo Salário Mínimo traz ganhos reais para os trabalhadores; confira quando ele passa a vigorar

Reajuste de 7% beneficia trabalhadores e altera valores em diversos setores

Real brasileiro. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil
Real brasileiro. - Imagem: Reprodução | Agência Brasil

Marina Milani Publicado em 29/01/2024, às 07h27


A partir desta quinta-feira (1º), o novo salário mínimo nacional de R$ 1.412 entra em vigor, representando um aumento significativo em relação aos R$ 1.320 vigentes até dezembro de 2023. Embora já estivesse em vigor desde o início do ano, os trabalhadores começarão a receber o novo valor no contracheque de fevereiro, considerando o pagamento mensal.

O reajuste de quase 7%, equivalente a R$ 92, proporciona um impacto positivo para aqueles que recebem o salário mínimo ou benefícios atrelados a ele, como seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Essa mudança reflete diretamente no poder de compra, permitindo a aquisição de quase duas cestas básicas, cujo custo médio é de R$ 772,51 cada.

Este ano marca a retomada da política de valorização do salário mínimo, garantindo aumentos reais sempre que a economia apresentar crescimento. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aproximadamente 59,3 milhões de brasileiros têm rendimentos vinculados ao salário mínimo, destacando seu impacto social.

Entendendo o salário mínimo

O salário mínimo, como o próprio nome sugere, é a menor remuneração que um trabalhador formal pode receber no país. Assegurado pela Constituição, tanto trabalhadores urbanos quanto rurais têm direito a um salário mínimo, fixado em lei e unificado nacionalmente.

A Constituição estipula que o salário mínimo deve ser reajustado ao menos pela inflação, visando garantir a manutenção do "poder de compra". Nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, o reajuste seguiu rigorosamente essa regra, sendo ajustado apenas pela inflação, sem ganho real.

O novo salário mínimo de R$ 1.412 também repercute nos valores de benefícios e serviços que utilizam o piso nacional como referência. Assim, quem recebe o piso nacional ou benefícios vinculados a esse valor já experimentará o reajuste no início de fevereiro, refletindo em valores maiores para abono salarial PIS/Pasep, benefícios do INSS, BPC, seguro-desemprego, entre outros.

Essa elevação não apenas beneficia diretamente os trabalhadores, mas também gera impactos indiretos na economia, contribuindo para o aumento do "salário médio" dos brasileiros e fortalecendo o poder de compra do trabalhador.

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