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Intenção de consumo das famílias em 2021 tem pior resultado da série histórica, diz CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou queda de 9,9% em 2021 e uma média de 71,6 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em 2010,

Intenção de consumo das famílias em 2021 tem pior resultado da série histórica, diz CNC
Intenção de consumo das famílias em 2021 tem pior resultado da série histórica, diz CNC

Redação Publicado em 05/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 16h18


A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou queda de 9,9% em 2021 e uma média de 71,6 pontos, o menor nível da série histórica iniciada em 2010, informou nesta quarta-feira (5) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC ).

A redução percentual (-9,9%), no entanto, foi menor do que a observada em 2020, quando a Covid-19 chegou ao país (-15,9%).

Em dezembro, a queda foi de 0,8%, considerando o ajuste sazonal e alcançando 74,4 pontos — a maior desde maio de 2020 (81,7 pontos).

Para José Roberto Tadros, presidente da entidade, o indicador anual reforçou a moderação das famílias em consumir devido às incertezas econômicas.

“O ano de 2020 apresentou grandes obstáculos para o consumo. Já 2021 foi marcado pela incerteza e consequências das medidas do ano anterior. Os consumidores enxergaram uma recuperação gradual e desaceleraram a cautela, mas ela permanece”, observou.

Na avaliação por faixa de renda, as famílias com orçamento acima de dez salários mínimos revelaram nível de insatisfação de 86,9 pontos no ano, com recuo de 5,0%.

Já para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, o indicador atingiu 68,4 pontos, demonstrando uma queda mais intensa, de 11,2%. De acordo com a CNC, esse perfil de retração também foi observado em 2020, mas com uma discrepância menor entre as categorias analisadas.

“A inflação é um dos fatores que dificultam a recuperação econômica, pois reduz o poder de compra. Além de levar a um aumento dos juros, o que encarece o crédito, que é um artifício utilizado pelos consumidores para aumentar a renda e manter o padrão de consumo”, afirmou Catarina Carneiro da Silva, economista responsável pela pesquisa.

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. . . G1
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