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Diretor do BC alerta: "Guerra pode impactar preços de ativos importantes"

Mauricio Moura alerta que conflito Israel-Hamas pode impactar preços globais, como petróleo

Mauricio Moura - Imagem: Divulgação / Raphael Ribeiro/ Banco Central
Mauricio Moura - Imagem: Divulgação / Raphael Ribeiro/ Banco Central

Marina Roveda Publicado em 17/10/2023, às 08h19


O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Mauricio Moura, abordou a situação do conflito no Oriente Médio, destacando que ele pode ter impactos econômicos, principalmente sobre os preços do petróleo e outros ativos globais. No entanto, ele observou que é difícil prever os efeitos específicos sobre a inflação no Brasil neste momento, uma vez que o conflito está em fase inicial, com incertezas sobre sua duração e intensidade.

”A guerra traz novos riscos geopolíticos que podem ter impacto em preços de importantes ativos, principalmente no petróleo, que tem disseminação em outros preços. Entretanto, o conflito está em fase inicial, com incertezas sobre duração e intensidade e seus efeitos sobre a inflação global e local”, acrescentou.

Moura também ressaltou que o Brasil está em uma posição favorável para combater a inflação, tendo iniciado a redução das taxas de juros antes de muitas economias desenvolvidas, o que confere confiança ao Comitê de Política Monetária (Copom) para continuar reduzindo a taxa básica de juros com segurança.

Além disso, ele mencionou que as projeções de inflação para 2023 foram revisadas para baixo pelos economistas do mercado financeiro. Com a queda, a projeção dos analistas passou a ficar no teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) pela primeira vez desde 2020. A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.

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