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Temperatura

Onda de calor histórica no Brasil pode ter temperaturas acima de 40°C

Temperaturas acima da média devem atingir principalmente Centro-Oeste e Sudeste do país

Onda de calor histórica no Brasil pode ter temperaturas acima de 40°C - Imagem: Reprodução/Freepik
Onda de calor histórica no Brasil pode ter temperaturas acima de 40°C - Imagem: Reprodução/Freepik

Gabrielly Bento Publicado em 11/11/2023, às 09h49


Uma onda de calor histórica deve atingir o Brasil a partir da próxima semana, com temperaturas máximas que podem chegar a 15°C acima da média.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirma que a onda de calor deve atingir principalmente as regiões Centro-Oeste e Sudeste do país. Na capital paulista, por exemplo, as temperaturas máximas podem chegar a 37°C na próxima semana.

O Inmet afirma que a onda de calor é causada pela combinação de fatores, incluindo o aumento dos gases de efeito estufa, o fenômeno El Niño e a presença de uma massa de ar quente sobre o Brasil.

Karina Bruno Lima, doutoranda em Climatologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica: "[O El Niño] tende a favorecer o aumento de temperatura em várias regiões do planeta, e favorece eventos extremos de calor na América do Sul. Mas, em setembro, tivemos uma onda de calor, e houve um estudo de atribuição para verificar qual o papel das mudanças climáticas naquela ocasião. Verificou-se que a contribuição do El Niño foi pequena em comparação com o aumento do aquecimento global antropogênico [causado pelo homem]."

Segundo o UOL, em certas localidades, especialmente no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, está previsto que as temperaturas máximas ultrapassem os 42°C ao longo desta semana. No dia 7 de terça-feira, a cidade de Porto Murtinho (MS) registrou 42,3°C, enquanto em Cuiabá, a temperatura atingiu 40,4°C.

"É um fenômeno que ocorre quando uma área de alta pressão permanece por algum tempo na mesma região, prendendo o ar quente", contou Karina Lima. "O solo ressecado deixa o ar mais quente e o ar mais quente acaba provocando um ressecamento cada vez maior. Temos de imaginar um ciclo fechado que vai se retroalimentando", a meteorologista explicou que isso é chamado de domo de calor, ou cúpula de calor.

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