Diário de São Paulo
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Médico nutrólogo acusado de abuso sexual em SP segue à espera de sentença da Justiça um ano após ser preso

Após um ano da prisão do médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, acusado por ex-pacientes de abusos sexuais, o processo, que corre em primeira instância, aguarda

Médico nutrólogo acusado de abuso sexual em SP segue à espera de sentença da Justiça um ano após ser preso
Médico nutrólogo acusado de abuso sexual em SP segue à espera de sentença da Justiça um ano após ser preso

Redação Publicado em 13/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h33


Após um ano da prisão do médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, acusado por ex-pacientes de abusos sexuais, o processo, que corre em primeira instância, aguarda uma decisão judicial. O médico nega os abusos.

Todos os envolvidos já foram ouvidos, entre eles nove vítimas – todas ex-pacientes, além do próprio réu. Neste momento o caso está “concluso para sentença”, termo usado quando a próxima etapa é a publicação da sentença por parte do juiz. A expectativa é que a decisão saia até o fim de dezembro.

Abib Maldaun Neto está preso desde 13 de dezembro do ano passado, em São Paulo. Só no processo que resultou na ordem de prisão, 16 mulheres – sendo as 9 vítimas e 7 testemunhas – relataram abusos cometidos entre os anos de 1997 e 2020 dentro de seu consultório.

O Ministério Público acusou o médico pelo crime de violação sexual mediante fraude e sustentava que as circunstâncias dos abusos eram “idênticas”, com a palavra da vítima e provas documentais.

A promotora Maria Fernanda Marques Maia diz que espera a condenação do médico, mas não por todos os crimes pelos quais ele foi denunciado. Durante o processo, o MP pediu a absolvição de Abib no caso de duas vítimas porque o prazo para o oferecimento representação para o crime já havia prescrito.

“A maioria das vítimas só tomou ciência que tinha sido vítima do crime após assistir à reportagem, mas duas delas mencionam que já saíram do consultório com a certeza de que tinham sido vítimas, e elas não representaram no prazo de seis meses. Então em relação a essas duas, não deve ter condenação”, disse.

Ainda segundo a Promotoria, o que chamou a atenção durante o processo foi a disposição das vítimas de comparecer às audiências e de narrar o que tinham vivido.

“Foi aquela sensação de alívio depois que tudo veio à tona. A maioria delas não tinha contado nem para os familiares o que tinha acontecido.. Nem para marido, para pai, mãe… então eu senti que elas estavam se sentindo muito aliviadas quanto a isso”, completou a promotora de Justiça.

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G1

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