Diário de São Paulo
Siga-nos

Hospitais da cidade de SP têm filas e aumento de pacientes com sintomas gripais; médicos falam em ‘conjunto de doenças respiratórias’

Hospitais públicos e privados da cidade de São Paulo têm registrado aumento no fluxo de pessoas com sintomas gripais nas últimas semanas, o que tem provocado

Hospitais da cidade de SP têm filas e aumento de pacientes com sintomas gripais; médicos falam em ‘conjunto de doenças respiratórias’
Hospitais da cidade de SP têm filas e aumento de pacientes com sintomas gripais; médicos falam em ‘conjunto de doenças respiratórias’

Redação Publicado em 16/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 06h38


Hospitais públicos e privados da cidade de São Paulo têm registrado aumento no fluxo de pessoas com sintomas gripais nas últimas semanas, o que tem provocado filas e maior tempo de espera por atendimento. Em prontos-socorros municipais, pacientes afirmam que a espera pode chegar a 6 horas.

Além dos vírus Influenza A e B, que provocam a gripe, a circulação de outros vírus também pode estar por trás do crescimento repentino de um “conjunto de doenças respiratórias”, segundo os médicos.

“Nós estamos tendo um aumento no número de casos de doenças causadas por vários tipos de vírus diferentes, e também por algumas bactérias. É esse conjunto de doenças que está aumentando nessa época do ano, o que é absolutamente atípico, porque a sazonalidade dessas doenças é no outono e inverno”, disse o superintendente médico do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, Antônio Carlos Madeira.

O pronto-socorro da unidade infantil, localizada na Bela Vista, região central, teve um aumento de 175% nos atendimentos por doenças respiratórias em dezembro deste ano, na comparação com dezembro de 2020. Foram 1.383 atendimentos neste mês, contra 502 atendimentos em dezembro do ano passado.

A situação se repete em unidades particulares, como o Hospital Beneficência Portuguesa, no Centro da capital. Em geral, 10% dos atendimentos no local são de pessoas com queixas de quadros respiratórios. Na última semana, o número subiu pra 16%. Para o infectologista chefe do hospital, João Prats, a situação tem relação com a circulação de um conjunto de vírus e bactérias.

“Nós vimos um aumento no número de atendimentos pra síndrome respiratória aguda grave. Isso é aquela síndrome que envolve vários vírus, alguns quadros bacterianos. Então é uma pessoa que está com febre, sintomas gripais, e que precisa de oxigênio”, disse Prats.

Nesta quarta-feira (14), o estado de SP apresenta forte tendência de crescimento a longo prazo nos casos graves de doenças respiratórias, segundo o Infogripe, sistema da Fiocruz que monitora em todo o país os casos graves de doenças respiratórias.

Em nota, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) confirmou que verificou um fluxo maior de pacientes com sintomas de gripe nos hospitais nas últimas semanas.

“O SindHosp tem observado, de forma pontual, um fluxo maior de pacientes com sintomatologia gripal nos prontos-socorros dos hospitais privados. No entanto, este movimento nāo traduz, necessariamente, uma tendência, e deverá ainda ser acompanhado”, afirma o sindicato.

.

.

.

g1

Compartilhe