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Ciclistas fazem homenagem a jovem que morreu atropelado por motorista embriagado em SP

Ciclistas realizaram um protesto na noite desta sexta-feira (18) para lembrar a morte de Claudemir Kauã Queiroz, de 17 anos, que morreu atropelado por um

Ciclistas fazem homenagem a jovem que morreu atropelado por motorista embriagado em SP
Ciclistas fazem homenagem a jovem que morreu atropelado por motorista embriagado em SP

Redação Publicado em 19/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h36


Ciclistas realizaram um protesto na noite desta sexta-feira (18) para lembrar a morte de Claudemir Kauã Queiroz, de 17 anos, que morreu atropelado por um motorista embriagado ao andar de bicicleta na Zona Oeste de São Paulo.

Os manifestantes instalaram uma bicicleta branca (“ghost bike”) na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, local do atropelamento. O símbolo é uma homenagem feita no mundo todo a quem anda de bicicleta e morre por causa da falta de segurança no trânsito.

A Avenida Corifeu de Azevedo Marques já havia sido mapeada pelos cicloativistas da Zona Oeste como prioridade para a implantação de uma ciclovia, durante a elaboração do Plano Cicloviário da cidade, lançado em 2019.

Ghost bike em homenagem a ciclista de 17 anos que morreu atropelado na Zona Oeste de São Paulo. — Foto: Reprodução/TV Globo

Ghost bike em homenagem a ciclista de 17 anos que morreu atropelado na Zona Oeste de São Paulo. — Foto: Reprodução/TV Globo

Até hoje, no entanto, somente 2 km da avenida tem a separação para os ciclistas. Na maior parte do caminho, as bicicletas tem que dividir o espaço com os carros e ônibus.

“A Corifeu é uma reivindicação histórica dos trabalhadores, dos ciclistas. Porque é um eixo de trabalho, das pessoas trabalhadoras que vem do Jaguaré, do Rio Pequeno e até de Osasco, em direção aos bairros mais nobres, onde há mais oferta de emprego. É uma avenida larga, plana, reta e, obviamente, tem espaço pra gente fazer uma ciclovia”, diz o cicloativista George Queiroz.

Ciclistas fazem protesto por mais segurança no trânsito e homenageiam jovem que morreu atropelado em São Paulo.  — Foto: Reprodução/TV Globo

Ciclistas fazem protesto por mais segurança no trânsito e homenageiam jovem que morreu atropelado em São Paulo. — Foto: Reprodução/TV Globo

Entre os ciclistas, os entregadores como Kauã estão entre os mais vulneráveis, já que passam mais tempo expostos.

“Ele era alegre, carinhosos, era um filho responsável. Como ele era o mais velho, assim que eu saía para trabalhar, ele que cuidava dos irmãos dele”, diz a mãe Elaine Ribeiro dos Santos.

Além de filho e marido, Claudemir Kauã Queiroz tinha se tornado pai recentemente.

“Ele falava tanto que esse ano ia trabalhar, comprar a moto dele, ia tirar habilitação, comprar o carro e começar a juntar dinheiro para comprar uma casa. E eram muitos planos…”, diz Beatriz Monteiro de Jesus, esposa do Kauã.

De acordo com dados do Infosiga, sistema que contabiliza acidentes de trânsito do estado de São Paulo, 31 ciclistas morreram em ruas e avenidas da capital, no ano passado. Em 2020, foram 29 mortes.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que o Plano Cicloviário prevê a implantação de uma ciclovia na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, ainda neste ano. E que as obras serão feitas em parceria com uma ou mais empresas.

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G1

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