As fortes chuvas que atingem São Paulo e que devem continuar no início desta semana, foram causadas por uma organização da Zona de Convergência do Atlântico
Redação Publicado em 30/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 21h41
As fortes chuvas que atingem São Paulo e que devem continuar no início desta semana, foram causadas por uma organização da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que começou a se configurar na última sexta-feira (28).
De acordo com previsão do Climatempo, o estado de São Paulo seria um dos mais afetados pela ZCAS até a segunda-feira (31), com altos volumes de precipitação, principalmente nas áreas próximas ao Paraná e entre o Litoral Sul e Baixada Santista.
A meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo, explica que a ZCAS é um momento na atmosfera onde há uma combinação de circulação de ventos em vários níveis que força uma concentração de ar úmido em uma determinada região.
“A ZCAS é um fenômeno típico do Verão na América do Sul. Todos os tempo podemos observá-las, em maior ou menor intensidade, a depender de como estão os padrões de temperatura oceânica no Atlântico Sul”, afirma a meteorologista.
De acordo com Pegorim, foi a manifestação da ZCAS que provocaram chuvas, no início do mês, em Minas Gerais – onde pelo menos 19 pessoas morreram com as tempestades, e no Sul da Bahia, no final do ano passado, quando 26 pessoas morreram.
“Não é um problema só da chuva. Precisamos, mais do que nunca, ‘desnaturalizar’ o desastre natural, porque a culpa também é nossa”, disse a meteorologista.
De acordo com as estações meteorológicas do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo, as áreas de instabilidade seguem entre a região de Campinas e o Vale do Paraíba, que podem atingir a Grande São Paulo de forma mais isolada.
Com isso, há condições para ocorrência de novas chuvas na forma de pancadas com intensidade variando entre fraca e moderada, sobretudo entre o final da tarde deste domingo e à noite. Os riscos de deslizamentos de terra, transbordamento de rios e córregos e alagamentos ainda são elevados em áreas de risco, uma vez que o solo nestas regiões já está encharcado.
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G1
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