Moradores da comunidade Porto de Areia, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, tiveram de abandonar suas casas por conta de um alagamento e responsabilizam uma
Redação Publicado em 20/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h03
Moradores da comunidade Porto de Areia, em Carapicuíba, na Grande São Paulo, tiveram de abandonar suas casas por conta de um alagamento e responsabilizam uma obra de aterramento da Lagoa de Carapicuíba pelos danos.
A prefeitura do município alega que a obra é de responsabilidade do governo estadual. O governo, por sua vez, afirma que uma empresa privada está realizando o aterramento e que não há relação entre a obra e a inundação.
Segundo a líder comunitária Cleide Faria dos Santos, a água começou a subir há cerca de 8 dias. Mais de mil famílias vivem no local.
Ela afirma que já procurou a prefeitura e os representantes pela obra para pedir uma solução, mas não teve resposta.
“Está alagando tudo, os moradores estão perdendo as casas. Faz 15 dias que a água está subindo. Estamos conversando, estamos tentando negociar, mas nada acontece. Estamos com medo que chova nos próximos dias e piore completamente a situação”, afirma Cleide.
Ela informa que os responsáveis pela obra prometeram abrir uma vala para secar a água, o que ainda não foi feito. “Um perigo para crianças, idosos, os animais, tudo. Nós ganhamos o processo de reintegração de posse e estamos caminhando para a regularização latifundiária. Temos o direito de zelar pelo local que queremos regularizar, estamos cansados de viver na irregularidade.”
A maioria dos imóveis do local são barracos de madeira. Com a água, o material acaba se deteriorando, causando risco também de desabamento.
A casa da Shaoline da Silva Santos, de 26 anos, é uma estrutura de madeira de dois andares. No local, vivem cinco pessoas. A parte de baixo da casa está toda alagada, e a família se mudou para a estrutura de cima.
Paulo Henrique Almeida de Araújo, de 26 anos, conta que está desempregado e não tem outro lugar para morar. A água já invadiu completamente sua casa.
“Vem subindo de pouquinho em pouquinho, eu estou dormindo com o pé na água. Preciso achar um lugar para deixar minhas coisas, mas não tenho para onde ir. Enquanto der vou continuar dormindo aqui.”
O local também sofre com o acúmulo de lixo e, segundo os moradores, a situação piorou depois do início das obras, já que muitos resquícios acabam vindo com a água. Como consequência, capivaras que vivem no local estão vivendo em volta do lixo.
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G1
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