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COLUNA

Resolução 715: E ainda tem quem acredita que o governo atual trabalha em favor do povo

Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Reprodução | Edilson Dantas / O Globo
Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Reprodução | Edilson Dantas / O Globo
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 03/08/2023, às 06h57


Em decisão arbitrária de uma minoria militante, Conselho Nacional de Saúde do (des)governo Lula decide lacrar, errando a mão em alguns dos pontos cruciais da Resolução 715, de 20 de julho de 2023.

Depois de a esquerda vociferar contra os conservadores, acusando-os de espalhar Fake News a respeito de ações que o então candidato à presidência do Brasil pretendia implementar, caso se saísse vencedor no pleito, a verdade vem à tona e muito a respeito do que se tentou alertar os eleitores desavisados está sendo, não só realizado, mas também jogado na cara da sociedade depois que Lula e sua equipe, servos e marionetes da agenda globalista ascenderam ao poder, ocupando, além da presidência, cargos e posições estratégicos no comando do país.

Depois do impacto negativo do atual governo em áreas como educação, segurança e economia, a bola da vez para a desconstrução é a saúde.

A 17ª Conferência Nacional de Saúde, em reunião ordinária, em 19 e 20 de julho, discutiu as ações prioritárias voltadas à saúde e já aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde.  

Até aí, tudo bem. Entretanto, uma passada d’olhos no texto da resolução 715 revela algumas posturas que discriminam religiões e visam atender a demandas da militância LGBTQIA+ tão ativa no cenário mundial. Destacam-se os seguintes tópicos do ANEXO II[1].

- Tópico 44: “redução da idade de início de hormonização para 14 anos”

Parece não terem considerado que transicionar o gênero não muda quem a pessoa realmente é: “[...] você não tem como desvincular a biologia. Nós temos um corpo, temos hormônios”, conforme bem pontuou o presidente do Observatório Interamericano de Biopolítica, Felipe Nery[2]. Além disso, tal mudança pode expressar precipitações que tem arruinado muitas vidas e acarretado acentuados sofrimentos psicológicos. EUA e Holanda aponta que 20% se arrependem da transição. Aumentam os casos como o da britânica de 61 anos que iniciou a transição aos 44 e, agora, passa pela destransição[3]. Grupos apoiadores da destransição crescem no mundo; nos EUA, uma única comunidade tem mais de 19 mil adeptos[4].

Nery pontuou, quase em tom de denúncia, que “Os países foram implementando essas políticas públicas porque realmente quer se fazer uma nova sociedade[...]”.  No Brasil, até então, a idade mínima para o início da terapia hormonal é de 16 anos; procedimentos de mudança de gênero são autorizados a partir dos 18, pelo SUS, desde 2008.

- Tópico 46: “(re)conhece Unidades Territoriais Tradicionais de Matriz Africana (terreiros [etc.]) como equipamentos promotores de saúde e cura complementares do SUS [...] e 1ª porta de entrada [...] de espaço de cura para o desequilíbrio mental, psíquico [...] e com isso respeitar as complexidades inerentes às culturas e povos tradicionais de matriz africana [...] combate [...] à discriminação religiosa[...]” (Grifo nosso).

Ou seja, combate-se a discriminação religiosa, mas incorre em preconceitos por contemplar apenas um grupo religioso. Onde estão os demais?

Tópico 49: “[...] legalização do aborto e da maconha no Brasil”

Este é mais do mesmo, algo já esperado do atual (des)governo e sua gangue.

Tá difícil viver... Viver no Brasil, então, nem se fala.

_______________

[1] Conselho.saude.gov.br (Clicando em Resoluções). Ao final desta matéria, o site ficou fora do ar, mas espera-se que o problema seja resolvido e ele volte a funcionar.

[2] Domingo Espetacular mostra casos de trans arrependidos (gospelmais.com.br)

[3] Arrependimento após mudança de sexo: 'Como volto a ser a Debbie que eu era?' | Mundo | G1 (globo.com)

[4] Cresce número de arrependidos com transição de gênero - Rádio 93 FM (radio93.com.br)

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