por Agenor Duque
Publicado em 01/03/2024, às 04h55
Há tempos um sábio afirmou que palavras ditas são como papel picado jogado da janela de um alto edifício, ainda que quem o jogou se arrependa de sua açãoe os queira de volta, será impossível recolher cada pedacinho, uma vez que todos foram espalhados e levados para longe, em diferentes direções, ao sabor do vento.
Depois do ocorrido na Etiópia, quando o atual presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma entrevista coletiva, comparou as ações de Israel em Gaza com as atrocidades cometidas por nazistas sob ordens do tirano Hitler continua repercutindo mundo afora, causando vergonha aos brasileiros no cenário internacional. Com essa fala absurda e tendo se recusado a desculpar-se com o governo de Israel, Lula passou a ser considerado persona non grata pelas lideranças da nação. A declaração do (des)governo brasileiro encontrou eco nas mentes deturpadas e desprovidas de conhecimento histórico e de um mínimo senso de humanidade e empatia e tem sido a causa do aumento assustador do número de denúncias de antissemitismo em solo nacional.
De acordo com informações provenientes de um levantamento da Federação Israelita do Estado de São Paulo (a Fisesp), o impacto da fala de Lula forneceu arsenal para um grupo de inconsequentes do cenário educacional, atingindo como um golpe certeiro alunos judeus e/ou descendentes que passaram a ser hostilizados em suas escolas e universidades.
Antes do discurso de Lula, o número de denúncias feitas ao Departamento de Segurança Comunitária da Federação Israelita, pelas redes sociais e grupos de WhatsApp, era 45, passando para 165 depois da afirmações descabidas do governante. O aumento atingiu a assustadora marca de crescimento de 263%, o que prova o poder da fala de um presidente e configura-se como alerta para a necessidade de Lula deixar de tagarelar e proferir sandices; afinal, embora a maioria esmagadora dos brasileiros discordem das afirmações de Lula, como representante da nação,suas palavras têm peso de representação nacional.
Não é raro ouvir Lula acusando Israel de cometer genocídio contra cidadãos palestinos residentes na Faixa de Gaza. Assim, a declaração que o atual (des)governo deu à imprensa no evento na Etiópia não se tratou de um deslize, mas de uma fala que representa exatamente o que ele seus aliados esquerdistas pensam a respeito na nação de Israel. Em nenhum momento, desde o ataque covarde orquestrado e realizado pelo Hamas, Lula sequer sinalizou classificar o grupo como terroristas, que é exatamente a definição adequada para o Hamas, tendo em vista a forma como esses criminosos vem procedendo desde o fatídico dia 07 de outubro do ano passado. Não há outra classificação possível para o Hamas, já que se recusa tenazmente a reconhecer o Estado de Israel e tem como objetivo descrito em sua carta de fundação a destruição de Israel, que no ataque à Gaza sequestrou inúmeras pessoas, violentou muitas outras, decapitou bebês, queimou várias pessoas ainda vivas. Não há como nomear com outro termo senão este, que é tão condizente com todas as atrocidades que o grupo ainda continua fazendo na região.
Para Ricardo Berkiensztat, presidente executivo da Fisesp, as declarações de Lula estão diretamente conectadas ao aumento de denúncias de antissemitismo no Brasil. Para Berkiensztat, “[...] é uma questão de ação e reação. Sempre que há uma manifestação de uma pessoa popular, como é o caso do presidente Lula, onde ele oficializa palavras como genocídio, há um aumento exponencial de casos de antissemitismo”.
Enfim, a situação atual é: Lula permanece irredutível, recusando-se a pedir desculpas pelo absurdo que falou, e a população brasileira segue com as bochechas vermelhas de vergonha de seu (des)governante.
Deus tenha misericórdia do Brasil. Paz sobre Israel.
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