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COLUNA

Ebrahim Raisi: O "Carniceiro de Teerã" e Seu Legado de Sangue

Ebrahim Raisi - Imagem: Reprodução | X (Twitter) - @AFPnews
Ebrahim Raisi - Imagem: Reprodução | X (Twitter) - @AFPnews
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 23/05/2024, às 08h25


O Irã, palco de ideologias extremistas e de inúmeras atrocidades contra a vida humana, está em luto com a morte do presidente Ebrahim Raisi em um trágico acidente neste domingo (19). O acidente ocorreu na fronteira com o Azerbaijão, em um helicóptero que transportava além do presidente, que liderava o grupo, o chanceler e outros líderes importantes que também perderam suas vidas no desastre. O helicóptero estava retornando de uma cerimônia de inauguração de um projeto de barragem quando o acidente ocorreu, próximo à região de Jolfa. Apesar dos esforços das equipes de resgate, nenhum sobrevivente foi encontrado.

Com uma vida marcada por crueldade e fanatismo e conhecido como o "carniceiro de Teerã", Ebrahim Raisi era uma figura sinistra, envolvida em execuções em massa de prisioneiros políticos durante os anos 1980. Sua ascensão ao poder consolidou a tirania e a opressão sobre o povo iraniano, transformando o país em um exemplo de crueldade e desumanidade. Com um histórico manchado por crimes e violações dos direitos humanos, Raisi tornou-se um símbolo do regime opressivo e sanguinário que governa o Irã.

Nascido em 1960, em Mashhad, no Irã, Raisi iniciou sua carreira como vice-procurador--geral de Teerã, onde ganhou notoriedade por seu envolvimento em julgamentos sumários de dissidentes políticos, demonstrando dedicação por promover a agenda radical do regime iraniano. Como juiz dos infames "Comitês da Morte" em 1988, ele desempenhou um papel central na condenação de milhares de dissidentes políticos à morte, enviando--os para valas comuns sem o devido processo legal. Esse massacre brutal deixou um rastro de destruição e dor que assombra o Irã até hoje. O pior de tudo é quea crueldade de Raisi não se limitou às fronteiras do Irã. Ele foi um ardente defensor das políticas expansionistas do regime, apoiando grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah em sua busca implacável pela destruição de Israel e pela aniquilação do povo judeu.

Ao longo da vida, Raisi consolidou seu poder dentro do aparato estatal iraniano, servindo em várias posições de autoridade e influência. Sua ligação estreita com o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, garantiu-lhe proteção e apoio dentro do regime, permitindo a Raisi perpetuar sua agenda de opressão e violência. Sob sua liderança, o Irã continuou a financiar e apoiar grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, alimentando o ódio e o terrorismo no mundo todo. Sua morte deixa um legado de sangue, destruição e dor, lembrando-nos das consequências devastadoras do poder nas mãos daqueles que desprezam ao Deus verdadeiro e a vida humana, um testemunho sórdido do ódio e da violência que emanam do Irã e de seus cúmplices terroristas.

Embora a morte de Raisi possa ter sido um golpe para o regime iraniano, não podemos nos iludir achando que isso diminuirá a ameaça que o Irã representa para a paz e a estabilidade mundial. Sua morte não pode apagar o sofrimento infligido às vítimas de suas atrocidades. Independentemente de quem o lidere, o ódio fervoroso do Irã por Israel é evidente e, diante dessa ameaça existencial, a defesa da soberania de Israel é mais do que uma necessidade. Israel, a única democracia verdadeira no Oriente Médio, enfrenta constantes ataques e ameaças de países como o Irã, que buscam sua destruição a qualquer preço.

As Sagradas Escrituras nos mostram vários exemplos de como aqueles que se levantam contra o povo de Deus enfrentam o juízo divino e a ruína. Mas, assim como os opressores do passado foram derrotados, aqueles que perseguem o povo judeu, os cristãos e promovem o terrorismo, enfrentarão o mesmo destino. O Deus Altíssimo continua a agir em defesa de Seu povo, e Sua justiça prevalecerá sobre as trevas da tirania e da opressão.

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