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A Perseguição Continua: Hoje foi ele, mas amanhã pode ser você

Marco Feliciano. - Imagem: Divulgação / Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados
Marco Feliciano. - Imagem: Divulgação / Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 12/05/2023, às 09h08


O deputado federal Marco Feliciano teve sua conta bloqueada pela “Justiça” do Estado de São Paulo, depois de ter sido condenado sob acusação de incentivar a discriminação contra LGBTs.

Tudo começou quando Feliciano considerou ato blasfemo o fato de certa atriz haver desfilado crucificada em Parada Gay realizada da cidade de São Paulo, em 2015. À época, o deputado afirmou que os organizadores do evento cometeram crime ao profanar símbolo religioso e teria declarado que o evento deveria ser proibido. Em 2021, o deputado foi condenado a pagar 100 mil reais em indenização, o que chegou a 254 mil atualmente. A decisão pela penhora do valor foi confirmada na sexta-feira (5), e o valor.

Na ocasião da Parada Gay, Feliciano denunciou a pessoa que protagonizou o ocorrido, sob acusação de vilipendiar a fé cristã. O processo era favorável ao deputado, mas teve sua direção alterada quando o promotor do caso foi trocado durante o processo e substituído por um novo que pareceu atender à agenda de movimentos diversos de esquerda, resultando na condenação do deputado. “A imprensa faz chacota”, diz o deputado; é tendenciosa. É cada vez mais raro um jornalismo sério neste país.

Marco Feliciano chama a atenção para o rumo que as coisas estão tomando no país. Atualmente esquerdistas gritam a pleno fôlego, fazem muito barulho num gesto tirânico, que visa a se sobrepor e obrigar a que toda uma sociedade séria e conservadora, de princípios cristãos e que prima pela família, acolha suas ideologias. É o construir imposto à força por uma minoria a uma maioria esmagadora; é a minoria tentando construir-se e validar-se por meio de ações que demonstram desrespeito ao outro e visam à desconstrução de tudo o que lhe faz referência.

É incrível como qualquer declaração que proceda de grupos cristãos (em especial os protestantes) é tratada como agressão, preconceito e qualquer outro termo a que seja possível acrescentar o termo “fobia” (homofobia, por exemplo), mesmo que o objetivo seja somente o compartilhamento dos princípios e fundamentos da fé cristã (a que todo cidadão tem direito), os quais estão devidamente embasados e alicerçados na Bíblia Sagrada. O contrário, porém não é visto como tal, trata-se de dois pesos e duas medidas, já que toda e qualquer chacota com a fé cristã é considerada “liberdade de expressão”, “manifestação cultural”, “é arte apenas”.

O valor penhorado, fruto do trabalho digno de Feliciano, irá para pagamento da condenação imposta na ação movida pela Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual, enquanto se fala tanto da situação de risco e degradante em que vivem as populações abaixo da linha da pobreza, no Estado.  

Movimentos tais como LGBT, feminista, sem-terra seguem prestando um desserviço à sociedade, sob pretexto de batalhar pelas minorias, garantindo-lhes liberdade e direitos, quando, na verdade, objetivam ao caos, à libertinagem, desconstrução familiar, quebra de princípios, desrespeito, desvalorização da vida.

É assim que as coisas estão. E vão de mal a pior. Sequer o Sagrado se respeita mais.  Nesta sociedade, importa salvar a própria pele e impor o que é seu, pouco importando o outro e o que é dele. Importam unicamente o eu e o meu: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”[1].

Se você é conservador, preza pelos princípios e valores cristãos não pode se calar, pois como afirmou Feliciano: “Hoje é comigo. Amanhã pode ser com você”.

[1] Farinha Pouca Meu Pirão Primeiro, de Manoel Serafim.

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