Um rapaz de 26 anos morreu em São José do Rio Preto (SP) por causa do uso excessivo de anabolizantes de uso veterinário e de venda proibida no país. A família desconfiou quando viu o rapaz ficar forte em pouco tempo, mas ele negava o uso. Ele só confessou quando o fígado dele parou de funcionar.
Por causa do problema, Alexandre Neves teve de passar por um transplante de fígado no sábado (18), mas não resistiu e morreu. Aos 26 anos, Alexandre passou a usar anabolizantes para conseguir os objetivos de ter o corpo musculoso.
Mas o fígado do rapaz não suportou a carga dessas substâncias e mesmo depois de um transplante, ele acabou morrendo. “Ele era muito vaidoso, ficava se olhando no espelho. Depois que aconteceu isso encontramos seringas que ele usava, agora não sei quem aplicava, achávamos que ele estava ficando forte rápido demais, ele falava que era treino”, diz a irmã Jéssica Fabíola Neves da Silva.
Os produtos, na maioria das vezes vendidos no mercado negro, quase sempre chegam ao país vindos do Paraguai, já que a venda no Brasil só pode ser feita com receita médica e nunca para efeitos de estética. O professor de educação física Rodrigo Santos Pereira diz que por mais que os profissionais orientem sobre os perigos, muita gente insiste no uso às escondidas. “Quando o pessoal procura resultado rápido na academia a gente é contra o uso, percebemos em alguns alunos que acabaram procurando esses meios ilícitos e ilegais”, afirma o professor de educação física Rodrigo Santos Pereira.
O uso de anabolizantes gera efeitos colaterais, tanto em homens e mulheres, como: aumento de acnes, queda do cabelo, alteração no humor, distúrbios da função do fígado e até tumores no fígado. Um estudo público por uma das maiores revistas científicas no mundo mostrou que 20% dos casos de hepatite aguda recentemente foram provocados por hormônios e chás modeladores. “A morte pode ocorrer em 10% dos pacientes. Precisa ficar atento, uma coisa é ter a doença e outra coisa é você criar a doença, não precisamos correr esse risco para ter um corpo assim”, afirma o chefe de transplantes do Hospital de Base Renato Silva.