Os dois hospitais públicos veterinários de São Paulo que atendem os cães e gatos gratuitamente tiveram o atendimento reduzido em 5 vezes e salas de espera ficam lotadas de animais com seus donos que buscam uma senha para consulta.
Além disso, os hospitais podem deixar de funcionar até o fim do ano. Isso porque o contrato com a Anclipeva, associação que administra os hospitais com repasse da Prefeitura de São Paulo, termina em dezembro.
Um dos hospitais fica no Tatuapé, na Zona Leste da capital, e o outro na Parada Inglesa, na Zona Norte. Esses hospitais oferecem consultas, exames, cirurgias, medicação e internação com veterinários que atendem nove especialidades.
Os dois hospitais atendiam, em média, entre 500 a 700 animais domésticos por dia. Agora, o atendimento fica restrito a 100 animais por dia, pois é o valor de atendimento das consultas que é repassado pela administração municipal.
Pelo contrato, que começou em 2014, a Anclivepa é obrigada a fazer 100 atendimentos diários. 70 na zona leste e 30 na zona norte. Pra isso recebe R$ 900 mil por mês da Prefeitura.
A Prefeitura diz que vai renovar o contrato emergencialmente por mais seis meses para o hospital não fechar e enquanto isso fará a licitação para escolher uma nova empresa para administrar o local.
“Já temos hoje um acordo com a prefeitura de são Paulo onde a partir de janeiro teremos um contrato emergencial por 6 meses até que se conclua um novo edital. Então tá tranquilo, não vai haver fechamento das unidades”, afirmou Sérgio Rocha, gerente administrativo da Anclipeva.
Para o animal de estimação ser atendido em um hospital veterinário público, o dono precisa comprovar residência na cidade de São Paulo. No entanto, o hospital diz que não recusa atendimento a animais que estejam passando mal, independentemente de onde moram.
A diarista Josefina Menezes veio de carona de Salto de Pirapora, a 120kmde São Paulo, pra trazer a Fiona no hospital veterinário público da capital. Tentou ser atendida nesta terça, mas só conseguiu na manhã desta quarta (7).
“Quando a gente chegou 6 horas aqui achando que ia começar a distribuir a senha, não tinha mais senha. Aí voltei hoje 1 hora da manhã para conseguir passar porque é 70 senhas que tão dando”, afirmou.