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Crise hídrica: comitê vê melhora em reservatórios e limita regras para contratação de térmicas

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu, em reunião nesta quarta-feira (12), manter as medidas excepcionais que vêm sendo adotadas desde

Crise hídrica: comitê vê melhora em reservatórios e limita regras para contratação de térmicas
Crise hídrica: comitê vê melhora em reservatórios e limita regras para contratação de térmicas

Redação Publicado em 13/01/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h38


O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu, em reunião nesta quarta-feira (12), manter as medidas excepcionais que vêm sendo adotadas desde 2021 para reduzir os efeitos da crise hídrica.

Com a recuperação do nível dos reservatórios nas últimas semanas, no entanto, as autoridades decidiram limitar as condições de contratação das usinas termelétricas – mais caras e poluentes que as hidrelétricas.

A partir de agora, só poderão ser acionadas usinas com custo variável de até R$ 1.000/MWh. O teto poderá ser estendido até R$ 1.500/MWh em caso de necessidade, como “indisponibilidades forçadas de equipamentos”.

Custo variável é o nome dado ao preço necessário para cobrir todos os custos operacionais da usina térmica. Como a energia gerada pelas termelétricas é mais cara, o acionamento dessa modalidade encarece a conta de luz dos consumidores em todo o país.

O CMSE também decidiu manter a regra definida em dezembro que estabelece teto de 15 mil megawatts médios para a geração de termelétricas, incluindo eventual importação de energia do Uruguai e Argentina.

O objetivo, diz o CMSE em nota, é priorizar a otimização energética a menores custos totais de operação. Ainda segundo o comitê, a medida poderá ser revista em reuniões posteriores de acompanhamento, “desde que devidamente justificado”.

Melhora dos reservatórios

O CMSE avaliou que o nível dos reservatórios melhorou em quase todas as regiões com a chuva observada em dezembro, com exceção do Sul.

Apesar da melhora, o CMSE decidiu manter as medidas excepcionais diante das “incertezas intrínsecas associadas à evolução da estação chuvosa em 2022”.

Segundo o comitê, a expectativa é que o principal subsistema do país chegue no mês de junho com nível superior ao registrado no ano passado.

“O armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, em junho de 2022, estará em cerca de 47,1%, ou 18 pontos percentuais acima do nível verificado em 30 de junho de 2021, considerando a repetição do cenário crítico de chuvas verificado no período chuvoso de 2020/202”, diz a nota.

No auge da crise energética, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) chegou a prever que os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste chegariam a 10% de armazenamento médio, em novembro. Hoje, elas estão com 33,56% da capacidade, segundo dados do ONS.

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G1

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