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Conheça os 15 catarinenses convocados para as Olimpíadas

Os Jogos Olímpicos se iniciam nesta semana, e o ge vai acompanhar de perto os atletas de Santa Catarina em Tóquio. Conheça um pouco dos 15 atletas nascidos no

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Redação Publicado em 17/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h39


Tem atleta estreante e um nome experiente que se prepara para aposentar pela Seleção

Os Jogos Olímpicos se iniciam nesta semana, e o ge vai acompanhar de perto os atletas de Santa Catarina em Tóquio. Conheça um pouco dos 15 atletas nascidos no estado e que irão representar o Brasil na terra do sol nascente.

O grupo é eclético, de diversas modalidades e mescla estreantes e nomes com bastante bagagem nas Olimpíadas. Entre os novatos estão os skatistas Isadora Pacheco, Yndiara Asp e Pedro Barros. E no time dos mais experientes está a jogadora de handebol Eduarda Amorim, que vai para a quarta participação e se prepara para aposentar a camisa da seleção brasileira.

A partir da próxima quarta-feira, 21 de julho, já tem catarinense em ação. A seguir, saiba mais sobre os nossos representantes no Japão:

Beatriz Linhares (ginástica rítimica)

Beatriz Linhares faz parte do conjunto de ginástica rítmica — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Beatriz Linhares faz parte do conjunto de ginástica rítmica — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

O conjunto brasileiro de ginástica rítmica conta com Beatriz Linhares, natural de Florianópolis, entre as cinco atletas. Com apenas 18 anos, a catarinense já tem na bagagem uma medalha de ouro e duas de bronze, conquistadas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. Beatriz começou a treinar com nove anos na Associação Desportiva do Instituto Estadual de Educação (IEE). Aos 15 anos, a ginasta foi convocada para a seleção permanente do Brasil e se mudou para Aracaju (SE). A classificação do país na modalidade para Tóquio veio no Pan-Americano, em junho de 2021, no Rio de Janeiro, quando ganhou a medalha de ouro.

Darlan Romani (arremesso de peso)

Darlan Romani é especializado no arremesso de peso  — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Darlan Romani é especializado no arremesso de peso — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Um gigante de 150kg e 1,88m carrega sobre os ombros o peso que pode garantir Santa Catarina no lugar mais alto do pódio em Tóquio. Natural de Concórdia, na região Oeste, Darlan Romani vai para a segunda Olimpíada. No Rio, em 2016, terminou em quinto lugar, mas bateu o recorde brasileiro na época ao arremessar 21m02. Ele tem como melhor marca da carreira 22m61, que é o atual recorde sul-americano, alcançada em junho de 2019 nos EUA. Em agosto do mesmo ano, o atleta conquistou a medalha de ouro no Pan-Americano de Lima, no Peru, com 22m07. No Mundial de Doha, em 2019, Darlan fez 22m53 e terminou em quarto lugar.

Eduarda Amorim (handebol)

Eduarda Amorim busca medalha inédita na carreira — Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto

Eduarda Amorim busca medalha inédita na carreira — Foto: Alexandre Loureiro/Inovafoto

Aos 34 anos, a blumenauense é uma das líderes da Seleção Brasileira feminina de handebol. Foi campeã do Mundial em 2013, na Sérvia, e eleita melhor jogadora do torneio. No ano seguinte, Duda, como é carinhosamente chamada pelas colegas de equipe, foi escolhida a melhor jogadora do mundo. A atleta atua há mais de 15 anos na Europa e nesta temporada trocou o Györ, da Hungria, pelo Rostov, da Rússia. Esta será a quarta participação da camisa 18 em Jogos Olímpicos. Em Tóquio, busca a única medalha que ainda não tem na galeria para confirmar a aposentadoria com a camisa verde e amarela.

Eliane Martins (salto em distância)

Eliane Martins vai representar o Brasil no salto em distância  — Foto: Reuters

Eliane Martins vai representar o Brasil no salto em distância — Foto: Reuters

Nascida em Joinville, Eliane vai representar o Brasil no salto em distância em Tóquio. Ela treina desde os 18 anos no clube Pinheiros, em São Paulo. Essa é a segunda participação de Eliane nos Jogos Olímpicos. Em 2016, no Rio de Janeiro, alcançou a marca de 6,33m e terminou a fase de qualificação em 23º lugar, não avançando para a final. A melhor marca da atleta foi em 2019 no torneio de Arnie Robinson Invitational, nos EUA, quando saltou 6,74m. A catarinense não atingiu o índice olímpico de 6,82m, mas conseguiu vaga pelo ranking mundial. A favorita é a alemã Malaika Mihambo, que no Mundial de Doha, em 2019, fez 7,30m.

Júlia Bianchi (futebol)

Julia Bianchi faz parte da seleção brasileira de futebol  — Foto: Sam Robles/CBF

Julia Bianchi faz parte da seleção brasileira de futebol — Foto: Sam Robles/CBF

Júlia Bianchi está entre as 18 atletas convocadas por Pia Sundhage para integrar a equipe de futebol feminino do Brasil. É a primeira participação da catarinense natural de Xanxerê, no Oeste, nos Jogos Olímpicos. Desde 2020, a jogadora vem sendo convocada para vestir a amarelinha. Júlia já disputou três Copas do Mundo representando o Brasil nas categorias de base e trouxe a medalha de ouro para o país no Mundial Universitário. Pelo Avaí Kindermann, equipe de Caçador, a jogadora conquistou o vice-campeonato do Brasileiro Série A1 2020. A boa atuação chamou a atenção do Palmeiras, que a contratou. A estreia em Tóquio será no dia 21 de julho, diante da China.

Isadora Pacheco (skate park)

Isadora Pacheco vai estrear nos Jogos junto com a modalidade — Foto: Julio Detefon

Isadora Pacheco vai estrear nos Jogos junto com a modalidade — Foto: Julio Detefon

A sonhada classificação para os Jogos Olímpicos aconteceu no dia 21 de maio, quando a catarinense de 16 anos e natural de Florianópolis participou do Dew Tour, a última seletiva da modalidade do skate park, na cidade de Des Moines, em Iowa, no Estados Unidos. Ela parou nas semifinais, mas voltou para Santa Catarina entre as 20 melhores do ranking mundial e com o passaporte carimbado para ir ao Japão com a Seleção Brasileira. A paixão pelas pistas começou aos cinco anos, quando entrou em uma loja de brinquedos com os pais e viu um skate. Segundo ela, foi amor à primeira vista.

Matheus Corrêa (marcha atlética)

Matheus Corrêa vai repreentar o Brasil na marcha atlética  — Foto: Arquivo pessoal

Matheus Corrêa vai repreentar o Brasil na marcha atlética — Foto: Arquivo pessoal

Natural de Blumenau, Matheus começou a carreira no atletismo através do projeto de iniciação esportiva da prefeitura, em 2012. No ano seguinte, tornou-se campeão brasileiro sub-16, estabelecendo o recorde da competição. Desde então, passou a integrar o time de elite da marcha atlética no país e vai disputar a prova dos 20 quilômetros em Tóquio, na primeira Olimpíada dele. Matheus mantém a tradição de Blumenau em revelar marchadores olímpicos: Sérgio Galdino (Barcelona-1992, Atlanta-1996 e Atenas-2004), Moacir Zimmermann (Rio-2016) e Jonathan Riekmann (Rio-2016).

Pedro Barros (skate park)

Pedro Barros vai estrear nas Olimpíadas junto com o skate — Foto: Reprodução

Pedro Barros vai estrear nas Olimpíadas junto com o skate — Foto: Reprodução

O skatista natural de Florianópolis é um dos principais nomes da modalidade no Brasil. Fenômeno, despontou no cenário mundial aos 14 anos. O skate é uma das modalidades que estreia nas Olimpíadas. De 2016 para cá, quando o skate foi aprovado para integrar o programa olímpico, Pedrinho acumulou pelo menos 12 títulos, entre eles o Campeonato Mundial da categoria park de 2018, em Nanjing, na China. O catarinense vai disputar o skate park e, aos 26 anos, é um dos favoritos para estar no lugar mais alto do pódio em Tóquio.

Rangel da Rosa (handebol)

Rangel da Rosa é goleiro de handebol da seleção — Foto: Divulgação

Rangel da Rosa é goleiro de handebol da seleção — Foto: Divulgação

O catarinense de 25 anos é natural de Seara, no Oeste, e vai participar da primeira Olimpíada na carreira como goleiro da Seleção Masculina de handebol. O bom desempenho nas convocações do técnico Marcus Tatá o fizeram disputar o Mundial neste ano, além de garantir uma vaga em Tóquio. “É o sonho de qualquer atleta, independente do nível em que joga ou já jogou. É o mais alto do esporte mundial. Trabalhei muito para isso e sei da dificuldade que é estar entre os convocados”, celebrou. Em 2020, Rangel defendeu o Logroño, da Espanha, e depois dos Jogos vai vestir a camisa do também espanhol Granollers.

Raquel Kochhann (rúgbi)

Raquel Kochhann vai para sua segunda Olimpíada  — Foto: Brasil Rugby

Raquel Kochhann vai para sua segunda Olimpíada — Foto: Brasil Rugby

Aos 28 anos, a catarinense de Saudades, na região Oeste, estará pela segunda vez nas Olimpíadas, mas agora de maneira especial: será a capitã do time de rugby. A trajetória no esporte começou em 2011, quando cursava Educação Física em Caxias do Sul (RS). Em 2015, conquistou a medalha de bronze no Pan-Americano, em Toronto. Em 2017, foi escolhida pelo COB como a melhor atleta do ano. Em 2019, ela foi campeã da World Rugby Women’s Seven Series em Hong Kong. A vaga para Tóquio veio com o título do Pré-Olímpico em Lima, no Peru.

Rodrigo do Nascimento (100m atletismo)

 Rodrigo Nascimentovai disputar o revezamento 4x100 — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Rodrigo Nascimentovai disputar o revezamento 4×100 — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Correr 100 metros dentro de 10 segundos. É com esse objetivo que o velocista natural de Itajaí vai a Tóquio. Convocado para disputar os 100m rasos e integrante da equipe do revezamento 4x100m, o catarinense de 26 anos quer baixar a melhor marca pessoal (10s10) e estabelecer o novo recorde brasileiro. Assim, ele fica mais perto do pódio, seja na prova individual ou no revezamento. Rodrigo iniciou no atletismo disputando os Jogos Escolares de Itajaí. Na preparação para Tóquio, conquistou títulos como o revezamento 4×100 no Pan de Lima e em Yokohama, no Japão.

Rosamaria Montibeller (vôlei)

Rosamaria Montibeller faz parte da seleção brasileira de vôlei  — Foto: FIVB

Rosamaria Montibeller faz parte da seleção brasileira de vôlei — Foto: FIVB

A menina que tinha medo de entrar na quadra e ficava chorando no colo da mãe nas primeiras aulas da escolinha de vôlei cresceu e se transformou em um dos principais nomes da modalidade no país. Aos 27 anos, Rosamaria vai realizar o sonho de todo atleta. Natural de Nova Trento, faz parte do grupo convocado por José Roberto Guimarães para brigar pela medalha de ouro em Tóquio. Em 2015, ajudou o Brasil a conquistar o título do Mundial Sub-23, na Turquia. E, desde então, entrou no radar para a equipe principal. Ela integrou o time vice-campeão da Liga das Nações, em junho, na Itália.

Rudolph Hackbarth (handebol)

Rudolph Hackbarth handebol — Foto: Reprodução

Rudolph Hackbarth handebol — Foto: Reprodução

Aos 27 anos, Rudolph Hackbarth mantém a tradição catarinense de revelar atletas para o handebol brasileiro. Natural de Blumenau, teve passagens pelas categorias de base da Seleção Brasileira e começou a integrar o elenco principal em 2017, quando defendia o Pinheiros, de São Paulo. Em 2019, ajudou o Brasil a conquistar a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. A conquista da vaga brasileira para Tóquio veio em março, no Pré-Olímpico disputado em Montenegro. Atualmente, o blumenauense defende o Club Balonmano Ciudad de Logroño, da Espanha.

Simone Ferraz (3.000m com obstáculos)

Simone Ferraz faz parte da equipe de atletismo  — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Simone Ferraz faz parte da equipe de atletismo — Foto: Wagner Carmo/CBAt

Natural de Ponte Serrada e integrante da equipe de atletismo de Jaraguá do Sul, Simone Ferraz, de 31 anos, vai estrear nas Olimpíadas. O primeiro contato com o esporte foi aos nove anos, quando iniciou no salto em distância. Pouco depois, ciente de que a velocidade era o ponto forte, migrou para a prova que irá disputar em Tóquio, os 3 mil metros com obstáculos. A classificação foi garantida em maio após a conquista da medalha de prata no Campeonato Sul-Americano, em Guayaquil, no Equador, com o tempo de 9m45s15.

Yndiara Asp (skate park)

Yndiara Asp é um dos destaques brasileiros no skate — Foto: Julio Detefon

Yndiara Asp é um dos destaques brasileiros no skate — Foto: Julio Detefon

A manezinha da Ilha de 23 anos vai entrar para a história das Olimpíadas ao fazer parte de uma modalidade estreante na competição: o skate. No Japão, ela terá a companhia de outra catarinense que também está pronta para brilhar nas pistas: Isadora Pacheco. Yndiara começou a andar de skate aos sete anos, e aos 15 a brincadeira ficou séria. Ela coleciona participações em diversos campeonatos e títulos, como na etapa de Montreal do Circuito Mundial de skate park, em 2019. Estar nos Jogos representa superação para a atleta, que sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo em 2020, enquanto treinava em casa.

* Matéria por Daniela Walzburiech e Guto Marchiori, do ge SC, e Duda Dalponte e Everton Siemann, do NSC Total.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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